Unicamp: Alimento combate a desnutrição de pessoas na 3ª idade

Composto solúvel deverá suprir deficiência nutricional e melhorar a qualidade de vida das pessoas com mais de 65 anos

qua, 10/05/2006 - 12h44 | Do Portal do Governo

Um alimento nutritivo e funcional para idosos desnutridos está em desenvolvimento na Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade de Campinas (Unicamp). A formulação do produto contém carboidratos e proteínas do soro do leite, que têm elevado valor nutritivo, atua sobre o sistema imunológico e aumenta a defesa orgânica. Na população com mais de 65 anos é comum ocorrer perda de peso e risco de desnutrição. O composto solúvel tem dois tipos de proteínas – provenientes do soro do leite e do colágeno hidrolisado –, fontes de fibras solúveis e vitaminas do complexo B. O produto em desenvolvimento, que corrige e assegura o balanço nutricional, atua de forma preventiva e não curativa. Se ingerido de duas a três vezes ao dia, pode diminuir o risco de doenças provocadas pela falta de determinadas vitaminas e proteínas no corpo.

Todos os ingredientes foram adicionados em quantidades suficientes para melhorar a qualidade de vida da população da terceira idade, de acordo com os elaboradores do alimento, os pesquisadores da Unicamp Valdemiro Carlos Sgarbieri e Fabiane La Flor Ziegler. O objetivo da formulação é criar um produto que supra algumas das principais deficiências nutricionais das pessoas dessa faixa etária.

Fase de testes

Testado por um grupo de senhoras idosas da Faculdade da Terceira Idade de São José dos Campos, o alimento teve boa aceitação. Na próxima etapa, pacientes em estado de desnutrição atendidos pelo Ambulatório de Geriatria do Hospital das Clínicas de Campinas vão consumi-lo. O experimento deve ocorrer durante quatro meses, tempo necessário à melhor avaliação da eficácia do produto. O composto tem sabor natural e de chocolate e há a possibilidade de adição de outros, caso seja produzido em escala industrial. A motivação do estudo é o fato de que a população brasileira com mais de 65 anos tende a crescer. O trabalho de desenvolvimento da fórmula tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Da Agência Imprensa Oficial