O secretário de Estado da Habitação, Emanuel Fernandes, anuncia nesta quinta-feira, dia 9, às 10h30, o início da segunda etapa do Programa de Urbanização Integrada e Recuperação Ambiental da Favela México 70, em São Vicente, na Baixada Santista. O anúncio será feito durante uma visita ao escritório da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), com acesso pela Rua Alcides Alves de Carvalho. O secretário ainda vai vistoriar o andamento das outras ações desenvolvidas pela CDHU no local.
Na primeira etapa do programa, já foram entregues 995 unidades habitacionais e outras 248 estão em produção atualmente. Além de ter permitido a erradicação das áreas mais precárias da favela, com estas unidades viabilizou-se o início desta segunda etapa que consiste na urbanização dos setores mais consolidados.
A urbanização prevê obras de grande impacto no cotidiano dos moradores, como a construção de um canal de acumulação, pavimentação e drenagem do sistema viário que, associadas, deverão sanar os recorrentes problemas de enchentes e alagamentos do local. Estão previstas também a execução das redes públicas de abastecimento de água e coleta de esgoto e a construção de unidades sanitárias nas moradias que não possuem banheiro. O pacote inclui, ainda, a edificação de 30 sobrados, terraplanagem e paisagismo, com investimentos da ordem de R$ 6,3 milhões e prazo de 15 meses para o término dos serviços.
Somadas, as ações da CDHU no México 70 beneficiaram ou beneficiarão cerca de 3.800 famílias. Ao todo, já foram investidos R$ 44 milhões no projeto de reurbanização da área.
Jornal – Além do anúncio das obras, será lançado também o Jornal do México 70, fruto de uma parceria da CDHU com a comunidade local. É um veículo que, mais do que informar os moradores sobre as obras, pretende integrá-los à nova realidade urbana, incentivando o senso de pertencimento territorial e a apropriação dos espaços públicos.
Visando garantir a participação efetiva da comunidade na elaboração do jornal, formou-se uma equipe de comunicação com moradores que representam os mais diversos segmentos da favela. O grupo está sendo capacitado por meio de oficinas de jornalismo e já neste primeiro número participou da definição das pautas e realizou entrevistas. Crianças e jovens também participaram enviando desenhos e redações que retratam o lugar onde moram, enfatizando as carências e conquistas.
Investimentos locais – De 1995 até o momento, São Vicente foi contemplada com 1.099 moradias. No mesmo período, foram entregues 4.787 casas e apartamentos na Região Metropolitana da Baixada Santista. De 2003 até hoje, foram viabilizadas, 2.636 unidades, resultado de um investimento de R$ 90,3 milhões. Destas, 995 foram entregues e 1.641 estão em construção.
Outros investimentos – Em todo o Estado, a CDHU possui outros programas em andamento, além do Atuação em Favelas. Todos fazem parte do Pró-Lar. São eles: Autoconstrução, Mutirão Associativo, Atuação em Cortiços, Núcleo Habitacional por Empreitada, Rural, Microcrédito Habitacional, Moradias Indígenas, Moradias Quilombolas, Melhorias Habitacionais e Urbanas e Crédito Habitacional. Por meio deles, a CDHU entregou, de 1995 até agora, 222.243 unidades habitacionais.
A partir de 2003, foram viabilizadas 104.011 moradias, resultado de um investimento de R$ 2,6 bilhões. Destas, 56.635 unidades foram entregues entre janeiro de 2003 e dezembro de 2005, e 47.376 estão em construção. Com isto, além de reduzir o déficit habitacional, a CDHU está garantindo a geração de mais de 60 mil empregos, entre diretos e indiretos.