Alckmin empossa João Batista de Andrade na Secretaria da Cultura

O escritor e cineasta assume o cargo no lugar de Cláudia Costin

seg, 09/05/2005 - 14h53 | Do Portal do Governo


Dar seqüência ao trabalho realizado na área da Cultura e apresentar propostas para ampliar produção cultural no Estado e o acesso da população a esses bens. Essa é a missão do novo secretário da Cultura João Batista de Andrade, empossado pelo governador Geraldo Alckmin nesta segunda-feira, dia 9, no Palácio dos Bandeirantes.

Cineasta e escritor, João Batista, 65 anos, já ocupou cargos ligados ao cinema e à cultura brasileira. Presidiu a Associação de Cineastas de São Paulo (APACI) e a Cinemateca Brasileira, foi conselheiro do Museu da Imagem e do Som (MIS) e coordenador-geral do FICA (Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental) em sua primeira e terceira edições.

De acordo com o governador, João Batista é uma das pessoas mais preparadas do país para implementar uma boa política cultural no Estado. Alckmin observou que é possível perceber o entusiasmo do mundo cultural de São Paulo com o novo secretário. “Não é uma tarefa fácil. Mas, como bom homem da cultura, vai usar esse grande instrumento de transformação social para avançar mais”, afirmou.

O novo secretário destacou que um dos grandes desafios de sua gestão será o combate à exclusão social e a conseqüente falta de acesso aos bens culturais. “É preciso ter uma política cultural em nosso Estado capaz de abrir caminho para a inclusão cultural e para o desenvolvimento de nossa capacidade de produzir. Uma política capaz de mobilizar forças culturais de todo o Estado”, afirmou. Essa mobilização, segundo ele, deverá envolver produtores culturais, artistas, estudantes, iniciativa privada e prefeituras.

O secretário assumiu o cargo deixado por Cláudia Costin. Ela informou que deixou a secretaria por entender que havia cumprido a missão para a qual fora chamada. “Eu vim para Cultura com a missão de dar um choque na gestão na Secretaria”, afirmou.

Segundo ela, a expectativa era consolidar as iniciativas já existentes na área, racionalizar atividades e resolver questões de contratações. “Pedi demissão na semana em que zeramos o número de municípios sem biblioteca, em que já havíamos instalado cinco organizações sociais, aumentado o índice de visitação aos museus em 60%, implantado programa de assinaturas (venda de ingressos por assinatura) nas duas outras orquestras que não as tinham, a Jazz Sinfônica e a Banda Sinfônica. Ou seja, acredito que o trabalho para o qual o governador havia me convidado estava concluído”, afirmou.

Após o evento, Alckmin informou ainda que o Estado deverá propor ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) uma mudança no contrato de financiamento das Fábricas de Cultura para incluir também os CEUs da Prefeitura de São Paulo e o programa Escola da Família, do Estado. As primeiras Fábricas da Cultura estão em fase de licitação. O objetivo das Fábricas de Cultura é levar atividades artísticas e culturais para crianças de jovens de regiões vulneráveis da Capital.

Cíntia Cury