A secretária de Estado da Cultura, Claudia Costin, assinou, na última quarta-feira, a resolução SC. 22, proposta pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico de São Paulo (Condephaat), que formaliza o tombamento do Conjunto Nacional, na avenida Paulista. A resolução deve ser publicada na edição de amanhã do Diário Oficial do Estado.
Não faltam argumentos para a resolução. Considerado o precursor do que viria a ser denominado shopping center em São Paulo, teve a elite paulistana desfilando em seus corredores, na década de 60, tornou-se ponto de encontro de jovens e intelectuais nas décadas seguintes e, agora, o Conjunto Nacional entra definitivamente para a lista de patrimônios históricos do Estado.
Os anos 60 foram gloriosos para o Conjunto Nacional, época em que virou sinônimo de elegância e modernidade. Lá foi o segundo endereço da Confeitaria Fasano e o primeiro do restaurante de mesmo nome. O local ofereceu shows de Nat King Cole e Marlene Dietrich. E por sua platéia passaram nomes como David Niven, Ginger Rogers, o Príncipe de Gales, o presidente norte-americano Dwight Eisenhower e o revolucionário cubano Fidel Castro.
O projeto do início da década de 50 é assinado pelo arquiteto David Libensskind. Em um terreno de 14,6 mil metros quadrados, com 120 mil metros quadrados de área construída, o Conjunto ocupa toda a quadra delimitada entre as ruas Padre João Manoel e Augusta, pela alameda Santos e a avenida Paulista. Dividido em dois grandes blocos: um horizontal que abriga, lojas, serviços e entretenimento e outro vertical destinado à moradia e escritórios, com três torres e 25 andares.
Avaliado pela equipe técnica do Condephaat, como um dos mais significativos exemplares da arquitetura moderna em São Paulo , todo o conjunto da construção está tombado, incluindo elementos e detalhes arquitetônicos dos espaços em atividade no local. Também passa a responder ao Conselho o entorno do bem tombado, formado pelas quadras que circundam o Conjunto Nacional.
Secretaria de Estado da Cultura
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(LRK)