O governador sugeriu que os infratores internados por delitos de menor gravidade devem deixar a instituição, que tem 6 mil adolescentes
O governador Geraldo Alckmin defendeu ontem, durante evento no Horto Florestal, Zona Norte, a desinternação dos adolescentes que não oferecem risco à sociedade e estão nas unidades da Febem. Segundo ele, não há nenhum Estado no Brasil que tenha pelo menos mil adolescentes privados de liberdade.
Já em São Paulo o número chega a 6 mil. ‘Isso é um absurdo’, disse o governador.
Mas, para que qualquer iniciativa nesse sentido seja tomada, é necessário aprovação do Poder Judiciário.
Em vez de internar os infratores que cometem pequenos delitos, a solução seria chamar os pais para que dêem orientação aos filhos e colocar os adolescentes em liberdade assistida, sugeriu o governador: ‘Mas, se por acaso ele oferecer perigo à sociedade, deverá ser internado.’
Alckmin alegou ainda que é justamente para se ter um regime diferenciado para os adolescentes que há uma lei específica para eles.
‘É uma fase da vida em que há maiores possibilidades de vulnerabilidade’, observou Alckmin.
Enquanto esse modelo disciplinar não é colocado em prática, o governo, segundo Alckmin, administra os problemas na Febem: ‘Está sendo o que deve ser feito: a descentralização.’
A descentralização consiste em aperfeiçoar o trabalho pedagógico e na divisão dos funcionários em 2 grupos. Um deles é responsável pela parte pedagógica e outro faz a contenção.
Agente continua no hospital
A agente Maria José dos Santos Gonçalves, ferida pela PM com tiros de bala de borracha na rebelião de sábado, em Franco da Rocha, continuava em observação, ontem à tarde, no Hospital Estadual da cidade.
Na noite de sábado, a assessoria da Febem informou que o motim não deixou feridos nem reféns.
