Pesquisa: Índice Paulista de Responsabilidade Social mostra avanços dos indicadores sociais

3ª edição do IPRS contém ampla análise da situação socioeconômica do Estado de São Paulo

qui, 16/12/2004 - 9h15 | Do Portal do Governo

O racionamento de energia elétrica em 2001 prejudicou o crescimento econômico de São Paulo, mas não impediu avanços nos indicadores sociais de longevidade e educação. Essa foi a principal conclusão da nova edição do Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS), divulgado nesta quarta-feira, 15 de dezembro, durante reunião dos conselhos Consultivo e Deliberativo do Fórum Legislativo de Desenvolvimento Econômico Sustentado, presidido pelo deputado Sidney Beraldo, presidente do Legislativo. na Assembléia Legislativa.

‘Isso mostra que nosso problema é menos a falta de dinheiro do que de eficiência’, avaliou Felícia Madeira, presidente da Fundação Seade – Sistema Estadual de Análise de Dados, entidade que elaborou o IPRS e que o atualiza bienalmente, a pedido da Assembléia Legislativa. O índice combina dados sobre riqueza, educação e longevidade para fazer um raio-X de cada um dos 645 municípios paulistas, distribuindo-os em cinco grupos de acordo com a combinação desses fatores.

‘É importante manter a atualização do IPRS, que se tornou um mecanismo de avaliação e controle para verificarmos se os recursos utilizados estão resultando em melhoria da vida da população’, destacou o presidente da Assembléia Legislativa, Sidney Beraldo.

A importância do IPRS, também foi destacada pelo 2º secretário da Assembléia, deputado José Caldini Crespo (PFL). ‘Esse indicador é a grande oportunidade que temos de diminuir as desigualdades sociais de forma criteriosa’, disse.

Avanços

Em sua terceira edição, o IPRS 2004 (com dados de 2002) apontou em relação a 2000, no Estado, crescimento econômico comprimido pelos efeitos do racionamento de energia elétrica de 2001 e perda do poder de compra, com a renda média das famílias caindo de R$ 1.175 para R$ 1.082.

Por outro lado, a taxa de mortalidade infantil diminuiu 9%, passando de 16,8 para 15,3 por mil nascidos vivos. A taxa é muito inferior à registrada no conjunto do Brasil em 2002, de 27,8. Também é melhor que a da Argentina, com 16 por mil nascidos vivos, e do México, 24. Os indicadores de mortalidade perinatal e entre pessoas na faixa de 15 a 39 anos também revelaram queda.

Dados de escolaridade também registraram avanços. A educação infantil teve ótimo desempenho: saltou de 59,7% para 75,1%. Também
cresceu o número de jovens que concluem o ensino fundamental (de 60,5% para 68,1%) e o ensino médio – embora este ainda esteja longe dos números ideais.

Entre os municípios, Bernardino de Campos, Ibitinga e Tapiratiba deram grande salto, ao passar do grupo 5 (baixa riqueza e indicadores sociais insatisfatórios) para o grupo 3 (baixa riqueza e bons indicadores sociais). Outros 52 municípios que se encontram no grupo 3 estavam, em 2000, no grupo 4 (baixa riqueza e nível intermediário nos indicadores sociais).

O grupo 1 (elevado nível de riqueza e bons indicadores sociais) é formado por 71 municípios, englobando as grandes cidades, como São Paulo, Campinas e São José dos Campos. As cidades com elevada riqueza e indicadores sociais ruins formam o grupo 2. Aí estão, por exemplo, cidade das regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista.

No ranking do IPRS, os três melhores municípios no indicador longevidade são Santa Salete, Mendonça e Aspásia (todos do grupo 3). Em escolaridade, as melhores taxas estão em São Caetano do Sul (que já ocupava o primeiro lugar em 2000), Adamantina e Auriflama. Os melhores municípios no indicador riqueza são Bertioga, São Sebastião, e Águas de São Pedro.

Os dados sobre o IPRS de cada município estão disponíveis no site do Parlamento paulista: www.al.sp.gov.br.

Da Assessoria de Comunicações da Presidência da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo

(LRK)