A região da cidade de São Paulo com mais dúvidas sobre doenças sexualmente transmissíveis e Aids é a zona leste. O dado foi comprovado em estudo da Secretaria de Estado da Saúde, por intermédio do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids (CRT/Aids), sobre o Disque-DST/Aids (0800-162550), serviço anônimo e gratuito de orientação à população de todo o Brasil.
Das cerca de 9.600 ligações ao Disque nos últimos 12 meses, 18,5% vieram da zona leste. Em seguida veio a zona sul, com 15%. Zonas norte e oeste registraram 5,8% e 5,6%, respectivamente. A região central da cidade teve 5,8% das ligações. O Disque-DST/Aids tira dúvidas sobre doenças sexualmente transmissíveis de pessoas de todo o país. O restante das ligações ao serviço foi do interior do Estado (18,2%), Grande São Paulo (3,3%) e outros estados (5,3%). Cerca de 22% dos usuários preferiram não responder de onde telefonavam.
A dificuldade de acesso à informação e a necessidade constante de dados corretos formam a principal explicação dada pelos especialistas do CRT/Aids para o fato das zonas leste e sul serem as campeãs de ligações do Disque DST/Aids. O Disque funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Em finais de semana e à noite o atendimento é eletrônico.
O estudo verificou ainda que 44% das pessoas que ligaram se identificaram como brancos. A maioria é homem (52,6%). As perguntas mais freqüentes nas ligações ao Disque DST/Aids são relacionadas aos locais para se fazer o teste de HIV (14,5%), informações gerais sobre formas de transmissão da doença (7,9%) e se é possível se contaminar com a prática do sexo oral (8,4%).
Outro questionamento recorrente que apareceu em 4,8% dos contatos telefônicos é sobre quanto tempo dura a janela imunológica (período em que o vírus HIV não é detectado no exame laboratorial). As demais doenças sexualmente transmissíveis foram pouco mencionadas (3%), sempre para esclarecimentos sobre o papiloma vírus (HPV).
O Disque DST/Aids foi o primeiro serviço desta natureza criado na América Latina e a primeira resposta governamental para o combate da epidemia de Aids no início da década de 80. A implantação deste tipo de atendimento promove o acesso da população a informações de qualidade com total sigilo e segurança, uma importante contribuição para prevenção e cuidado contra doenças.
Assessoria de Imprensa da Secretaria da Saúde
M.J.
