Estudantes da Univesp vencem maratona virtual HackaTrouble

Alunos conquistaram 1º lugar na categoria ‘Negócios’ do evento que buscou soluções tecnológicas contra o novo coronavírus

qui, 23/04/2020 - 19h35 | Do Portal do Governo
DownloadDivulgação/Univesp

A equipe Trouble-Makers conquistou o primeiro lugar, na categoria “Negócios”, da maratona virtual de programação HackaTrouble, com o Projeto Mercado Futuro. O resultado, conhecido na segunda-feira (20), apresentou as 12 melhores ações da atividade.

A equipe é formada pelo administrador Daniel de Moura Araujo, pelo desenvolvedor Rodrigo Pauletti, pela estudante de Análise de Sistemas Thainá Monteiro Ferreira e por dois integrantes da Universidade Virtual do Estado de São Paulo, o líder do grupo e engenheiro de Computação formado pela instituição, atualmente cursando pós-graduação, João Paulo Terrazam, e a discente de Engenharia de Computação, Marília Gabriela Soares.

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Organizada pelo Centro Paula Souza (CPS), em parceria com a associação SAE Brasil e as multinacionais Amazon Web Services (AWS), Shawee e Mural, a competição teve participação, no último fim de semana, de cerca de 400 participantes, divididos em 100 equipes, com o objetivo de propor e desenvolver soluções tecnológicas para enfrentar desafios impostos pelo novo coronavírus nas áreas de saúde, mobilidade, negócios e social.

Mercado Futuro

De acordo com os participantes, o projeto Mercado Futuro é uma plataforma virtual em que pequenos negócios poderão obter dinheiro de uma forma rápida, menos burocrática e potencialmente mais barata do que em instituições bancárias, por meio da venda de vouchers pré-pagos aos seus clientes.

Segundo João Paulo Terrazam, o convite para participar do HackaTrouble veio da estudante e amiga de Univesp, Marília Gabriela. “No dia do meu aniversário, a Gabriela veio falar comigo. Ela me mandou um link e perguntou se eu queria participar da maratona. Dei uma lida rápida no site, vi que era um hackaton e tinha uma causa nobre, topei imediatamente. As inscrições terminavam em dois dias, e precisava de um time formado. Tive a ideia de chamar meus outros três amigos, Daniel, Rodrigo e Thainá, que aceitaram o desafio. Esse é o nosso terceiro hackaton juntos, já estamos bem entrosados”, explica.

O engenheiro e os quatro participantes começaram a trabalhar intensamente com o desenvolvimento do projeto. “Foram várias entregas durante a jornada, e como não pode faltar emoção, o envio do vídeo final foi com menos de cinco minutos para o término do prazo. Ficamos felizes com o resultado e saímos vencedores”, acrescenta.

Para a aluna Marília Gabriela, a parceria deu muito certo. “Conseguimos em 48 horas entregar o projeto Mercado Futuro. O João já tinha a ideia, que foi aperfeiçoada em equipe. Fico muito feliz pela premiação. Esse é meu primeiro hackaton, me sinto orgulhosa com o nosso desempenho e agradecida pela paciência dos instrutores e de toda a organização do evento”, pontua a estudante.

Virada tecnológica

Totalmente online, a maratona teve 48 horas ininterruptas de duração e envolveu estudantes e ex-alunos de Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais, bem como de outras instituições, além de educadores, programadores, desenvolvedores, empreendedores, designers e demais interessados de diversas áreas de conhecimento.

Formadas por três a cinco participantes, as equipes receberam tutoria e mentoria de mais de 100 profissionais do mercado, especialistas e professores que atuam como agentes regionais da Assessoria de Inovação do CPS. As atividades foram desenvolvidas na plataforma da AWS utilizando os sistemas de gestão da Shawee e de brainstorming da Mural.

Premiação

Os grupos que apresentaram as melhores ideias, de acordo com a avaliação de um comitê de jurados, receberão prêmios e serão convidados a desenvolver seus projetos com auxílio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) durante quatro semanas, para entregar o produto à sociedade sem nenhum custo.

Os vencedores visitarão os laboratórios de inovação de empresas apoiadoras, como Mercedes Benz, Pricewaterhousecoopers e TruckPad. Cada equipe receberá um voucher de R$ 1 mil para custear as despesas da visita. As propostas também serão avaliadas para participar de programas de fomento da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

Dinâmica

O HackaTrouble foi dividido em quatro etapas de 12 horas. Primeiramente, ocorreu a imersão, na qual foram apresentadas a metodologia e as ferramentas disponíveis. Nesse momento, as equipes escolheram e aceitaram os desafios com o aval de um tutor. Em seguida, foi feita a ideação, com as propostas de soluções. Os participantes gravaram um vídeo (pitch) e inseriram o conteúdo na plataforma.

A terceira etapa foi a prototipação. A partir de um plano, foi desenvolvido o protótipo com as ferramentas do AWS Developer Center. Por fim, ocorreu a programação da solução e a apresentação de um vídeo demonstrativo, incluindo requisitos, prazos e expectativas para que o produto seja entregue à sociedade. Com a proposta finalizada, os jurados avaliaram as soluções e anunciaram os vencedores.

Entre os desafios propostos estavam a criação de sistemas para gerenciar a demanda de pacientes frente à capacidade de leitos em hospitais, controlar o transporte de suprimentos dentro de normas de imunidade, auxiliar pequenos negócios a superar restrições de vendas e ajudar no bem-estar de idosos em isolamento, entre outros temas.