O Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) é um dos raros de São Paulo com capacidade para atender casos de lesões provocadas por queimaduras e atende, na Unidade de Queimados, pacientes de todos os Estados do País.
Nascida em 1998, atrelada ao Serviço de Cirurgia Plástica, a Unidade de Queimados conta com um corpo clínico composto por 14 cirurgiões plásticos e intensivistas, a Unidade tem 22 leitos, sendo 11 enfermarias e o mesmo número de UTI.
“Isso tudo nos torna detentores da maior UTI do país, credenciados pelo Ministério da Saúde para lidar com pacientes de alta complexidade”, ressaltou o Dr. Leão Faiwichow, Diretor do Serviço. E completou: “Nossa Unidade é uma da mais completas do país – possuímos nosso próprio Pronto-Socorro, Centro Cirúrgico, enfermarias masculina, feminina e pediátrica, além da UTI”.
Em seu Centro Cirúrgico são realizadas, em média, de 60 a 80 cirurgias por mês. Ele dispõe de aparelhos modernos, como dermatomos elétricos e expansores de pele, e cada leito da terapia intensiva possui um monitor computadorizado para controlar os sinais vitais do paciente.
Segundo o Dr. Carlos Alberto Mattar, essa infra-estrutura avançada faz com que a Unidade de Queimados seja como um mini-hospital dentro de um hospital geral – ocupando uma área de 700 metros quadrados dentro do HSPE, tendo PS e Centro Cirúrgico próprios.
Mas, na opinião do Dr. Mattar, isso não é o bastante: “Tratamos geralmente de pessoas que sofreram um processo importante na sua integridade. Nossa luta primordial é manter-lhes a vida e devolver-lhes a integridade. Nós os chamamos de grandes queimados. Este tipo de paciente fica aqui durante uns quatro meses”.
Outro aspecto importante é que ligado à Unidade funciona um Ambulatório onde são tratadas pequenas queimaduras: ou seja, quando o paciente não necessita de internação, mas só de acompanhamento. Ele também atua junto ao paciente internado após sua a alta da Unidade.
Passam por este Ambulatório uma média de 3 mil pessoas por ano. “Eles vão ao Ambulatório por longos períodos. A maioria destes queimados usa uma malha especial (que é uma parte muito importante do tratamento) por aproximadamente dois anos”, explicou o Dr. Carlos. Este Ambulatório funciona diariamente de segunda à sexta-feira.
Além disso, outro pioneirismo é o Ambulatório de Cosmeatria, voltado exclusivamente para o paciente com queimaduras. “Ele funciona há três anos e sua finalidade é a de diminuir as lesões estéticas, desde as de crianças até adultos. Lá, se trabalha os aspectos funcionais – que são os movimentos, e a parte estética, ou seja, as cicatrizes. E temos conseguido ótimos resultados em números significativos. Aliás, temos apresentado vários trabalhos científicos, em congressos, baseados nos resultados deste Ambulatório”, afirma o médico.
Quanto às perspectivas de melhora para um paciente considerado “grande queimado”, o dr. Carlos é taxativo: “Se a pessoa aderir corretamente ao tratamento ambulatorial, fizer o uso correto das malhas compressivas, trabalhar junto à uma equipe multiprofissional (fono, psicólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta etc.), além de fazer uso de todas as substancias mais modernas possíveis – ácidos e peeling, por exemplo –, creio que a melhora seja de 70%, principalmente se for criança”.
Da Assessoria de Imprensa Iamspe/HSPE
C.C.