O secretário da Habitação e presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) assinou no final da tarde de ontem, dia 22, contrato de compra de um conjunto de imóveis na Rua Joaquim Murtinho, Bairro do Bom Retiro, região central da Capital. Os imóveis serão utilizados para a construção de 34 apartamentos destinados a famílias que atualmente moram em condições precárias no local.
O valor da compra foi de R$ 210.516,00. Os imóveis atuais darão lugar à construção do empreendimento “Bom Retiro B”, já em fase de elaboração de projetos. Após a conclusão dessa etapa, será feita a abertura de licitação para as obras de edificação.
Segundo Verônica Kroll, coordenadora do Fórum de Cortiços e Sem-Tetos de São Paulo, presente à solenidade, ‘esse é mais um cortiço do centro que deixará e ser cortiço’. Segundo ela, essa é uma grande vitória para as famílias que representam a Associação Comunitária Joaquim Murtinho, que será contemplada com o novo empreendimento.
Outros investimentos
No último mês de setembro, a CDHU entregou 28 apartamentos na rua Pirineus, no bairro Santa Cecília, para atender antigos moradores de cortiços. São apartamentos de um dormitório, sala, cozinha, banheiro e área de serviço, com 47 m2 de área construída e foram viabilizadas pelo Pró-Lar Atuação em Cortiços com recursos da ordem de R$ 581,2 mil.
As 28 famílias que hoje moram no empreendimento Pirineus Primeira Vitória, anteriormente residiam no mesmo endereço, onde havia um sobrado transformado em cortiço. No caso dos imóveis da Rua Joaquim Murtinho, além desse empreendimento, a CDHU já entregou outras 200 moradias, em dois empreendimentos (160 no Pari e 40 em Guaianazes) pelo Pró-Lar Atuação em Cortiços na capital. Atualmente, existem em produção 527 moradias pelo Programa. Destas, 32 já foram entregues este ano e 495 estão em construção. A meta é entregar 4 mil moradias na Capital até 2006.
O programa Pró-Lar Atuação em Cortiços foi desenvolvido pelo governo do Estado para garantir melhores condições de vida às famílias de baixa renda, que residem em cortiços nas regiões metropolitanas do Estado. São três as frentes de atuação: reforma de moradias existentes, construção de novas unidades ou compra de imóveis disponíveis no mercado, com concessão de cartas de crédito.
Os recursos destinados à primeira etapa do programa atingem a casa dos US$ 70 milhões (cerca de R$ 210 milhões), dos quais US$ 36 milhões são provenientes do Governo do Estado e US$ 34 milhões obtidos pelo Governo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio de acordo de empréstimo internacional.
Além da Capital, o programa também prevê investimentos na região central de Santos, onde cerca de 500 apartamentos serão construídos para atender os moradores de cortiços daquele município.
Barjas Negri, secretário de Estado da Habitação e presidente da CDHU, considera de elevado alcance social a intervenção do Estado neste campo, na medida em que contribui para a melhoria da qualidade de vida da população encortiçada das grandes cidades paulistas. Ele explica que a ação do PAC está voltada para as áreas centrais das cidades onde se instalaram os cortiços, a fim de permitir que as famílias permaneçam na região e possam contar com a infra-estrutura já disponível, além de continuar vivendo próximo ao emprego, o que resulta em economia de tempo e dinheiro.
Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Habitação
(AM)
