Agricultura: Área paulista de grãos cresce 5,8% na nova safra

Produção atual já ultrapassa 7 milhões de toneladas, a maior dos últimos 10 anos

qui, 13/11/2003 - 15h28 | Do Portal do Governo

A área paulista de grãos e fibras, na safra de verão do ano agrícola de 2003/04, deve aumentar 5,8% em relação à safra anterior, passando de 1,595 milhão de hectares para 1,688 milhão de hectares.

É o que mostra a intenção de plantio com base em levantamento de campo de setembro, elaborada pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) em conjunto com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

O maior destaque é a área de soja que deve ter acréscimo de 10%, de 616,37 mil hectares para 678,24 mil hectares. O milho continua com a maior área plantada, mas não deve apresentar mudança substancial em relação à safra anterior (aumento de apenas 1,8%, para 768,49 mil hectares).

Já a área plantada com feijão das águas é estimada em 79,85 mil hectares (mais 9,8%) e a de algodão em 73,77 mil hectares (mais 8,3%). Para o arroz em casca, a previsão é de crescimento de 5,6%, para 37,10 mil hectares, enquanto o amendoim deve ter ganho de 5,5% na área (para 50,84 mil hectares).

‘Essa previsão de expansão na área segue uma tendência já verificada no Estado principalmente nos últimos cinco anos. O aumento na área de grãos paulista é maior do que a previsão nacional, registrada pela Conab em 3%’, disse o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Duarte Nogueira. Segundo o secretário, os cerca de 93 mil hectares que serão cultivados com grãos e fibras sejam oriundos de áreas antes ocupadas com pastagens.

Fechamento da safra 2002/03 para grãos e fibras

A produção de grãos e fibras do Estado deve fechar a safra 2002/03 com aumento de 11,25%, de 6,435 milhões de toneladas para 7,159 milhões de toneladas em relação a anterior. A área plantada cresceu um pouco menos (5,06%), de 2,063 milhões de hectares para 2,168 milhões de hectares. Este é o melhor desempenho da produção paulista nos últimos 10 anos e o resultado aponta a mesma tendência de evolução da safra brasileira de grãos.

O maior destaque é o milho, cuja produção atingiu 4,631 milhões de toneladas (mais 13,51%), principalmente por causa da evolução da safrinha (66,82%, para 1,18 milhão de toneladas). ‘São Paulo atualmente é um grande importador de milho, dependência que deve ser reduzida pelo aumento na nossa produção’, disse o secretário. O consumo paulista do grão é de 6,8 milhões de toneladas.

A produção de soja aumentou 5,76%, passando de 1,577 milhão de toneladas para 1,668 milhão de toneladas. Já o trigo quase dobrou a produção (mais 92,57%), embora o volume continue pequeno (117,18 mil toneladas).

Cana, café e laranja

A quarta previsão da safra agrícola 2002/03 para a cana-de-açúcar estima aumento de 6,4% na produção paulista, para 226,3 milhões de toneladas, um pouco superior à ampliação da área (5,2%, para 3,3 milhões de hectares).

‘A previsão é de que para a próxima safra, a área ocupada pela cana mantenha-se estável, já que a cultura ocupa praticamente metade dos 6,5 milhões de hectares com lavouras do Estado’, afirma o secretário Duarte Nogueira.

Já a produção de café no Estado (terceira maior do país) é de 2,8 milhões de sacas (redução de 39,3% em relação à safra passada). Além do efeito do ciclo bianual da cultura (a uma grande safra segue um ano de pequena produção), a produtividade foi afetada pela seca no período de floração no fim do ano passado. A área plantada com café no Estado é de 248,5 mil hectares, praticamente a mesma da safra 2001/2002.

A produção paulista de laranja, na safra agrícola 2002/03, deve atingir 327,1 milhões de caixas (menos 9,4% em relação à safra anterior), devido ao menor rendimento (menos 9,4%) provocado pela estiagem nas principais regiões produtoras no segundo semestre do ano passado e às elevadas temperaturas no final do ano.

Quando se considera a zona citrícola formada pelas principais regiões produtoras, a colheita resume-se a 298,4 milhões de caixas (91% da produção estadual). Além disso, esta previsão inclui cerca de 20 milhões de caixas de laranja doce (baianinha e lima) que não se constituem matéria-prima para a indústria paulista de suco.

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado
C.A.