Saúde: Certificação coloca o Hospital de Sumaré entre os melhores do País

Criado há 3 anos tem média mensal de 1,2 mil internações, mil cirurgias, 6 mil consultas e 300 partos

qua, 05/11/2003 - 12h26 | Do Portal do Governo

O Hospital Estadual Sumaré (HES), administrado pela Unicamp e mantido pelo Governo do Estado, conseguiu o certificado de Acreditação Plena, nível 2, instituído pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), entidade credenciada pelo Ministério da Saúde. É o primeiro hospital público brasileiro a conseguir essa classificação. No final do ano passado, a instituição mantida pela Secretaria Estadual da Saúde conquistou a certificação de nível 1.

O HES atende a uma região de 600 mil pessoas e presta assistência em níveis secundário e terciário. Realiza, em média, mensalmente, 1,2 mil internações, mil cirurgias, 6 mil consultas especializadas e 300 partos. “A Vigilância Epidemiológica de Sumaré revelou redução do índice de mortalidade infantil na cidade, em 2002, de 13 para 10, depois da instalação do HES”, conta o médico Lair Zambo, diretor da unidade de saúde. Ele lembra, ainda, que nos municípios de Santa Bárbara, Monte Mor e Nova Odessa foi eliminada a fila de espera para cirurgias em diversas especialidades.

June Freire, gerente de qualidade da instituição, destaca a importância do canal de comunicação entre o hospital e as secretarias de saúde dos municípios vizinhos. Segundo ela, nas reuniões mensais são decididos o total de consultas, cirurgias e outros procedimentos que cada cidade poderá utilizar, o estabelecimento dos protocolos de encaminhamento e a relação dos principais problemas. “Os encontros permitem às prefeituras se organizar para o atendimento e atenderem às normas da regionalização da assistência hospitalar.

Lógica de gestão

Há um contrato que predetermina o número de procedimentos entre internações, cirurgias e outros, que serão feitos mensalmente. Se o hospital cumpre as metas direcionadas para as reais necessidades das demandas regionais, recebe a verba estimada para a sua manutenção. Zambon explica que a administração tem conseguido superar a meta em 25% do previsto.

O volume de dinheiro, no entanto, não é alterado. Só recebe valor menor o centro de saúde que não cumpre o mínimo estimado. Dentro desse modelo de gestão, criado somente no Estado de São Paulo, existem outros 14 hospitais. A lógica de contratos de gestão foi idealizada nos moldes de projeto existente na Catalunha, Espanha.

A verba alocada divide-se em duas partes. A primeira representa 90% do valor total e está relacionada com a produtividade. Os 10% restantes são relacionados com indicadores de qualidade de assistência à saúde. Entre eles, o índice de satisfação do usuário, as baixas taxas de infecção hospitalar, redução de cesáreas e eficiência no atendimento. Para gerenciar um hospital do porte do HES são liberados recursos no valor de R$ 3,3 milhões. Para este ano, o orçamento foi de R$ 39,7 milhões.

Raquel do Carmo Santos
Do Jornal da Unicamp

(AM)