Coletor-tronco começa por trecho em Ribeirão

Diário do Grande ABC - 5/8/2003

ter, 05/08/2003 - 9h45 | Do Portal do Governo

Samir Siviero


Diário do Grande ABC – Terça-feira, 5 de agosto de 2003

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) começa hoje a construção do coletor-tronco Solvay-Mauá por um trecho de Ribeirão Pires onde a Prefeitura alargou galerias de águas pluviais. O coletor, que será um reversor de esgoto, vai recolher e bombear o esgoto desde a empresa Solvay, no km 38 da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, em Santo André, até Mauá, passando por Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires. Quando a canalização estiver pronta, o esgoto doméstico e industrial deixará de correr para a Billings, como agora.

O coletor será feito em três etapas. A primeira, que começa hoje em Ribeirão Pires, liga a cidade com Mauá. Em seguida, serão feitas as outras duas etapas: entre Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires e, por último, entre a Solvay e Rio Grande da Serra. Ao todo, o reversor terá 14 km de tubulações.

O esgoto recolhido no reversor (que terá de ser bombeado, pois vai de uma região mais baixa para uma mais alta) será despejado em Mauá no interceptor Tamanduateí, uma canalização paralela ao rio que recebe o esgoto antes que ele chegue ao seu curso, como acontece hoje. De lá, ele irá para a ETE-ABC (Estação de Tratamento de Esgoto ABC), que fica em São Paulo, na divisa com São Caetano. A verba de R$ 5,3 milhões para a construção desse primeiro trecho foi liberada pelo ministro das Cidades, Olívio Dutra, em sua passagem por Santo André no mês passado.

A construção começa por Ribeirão Pires para evitar que a avenida Capitão José Gallo, na Vila Gomes, em obras, seja refeita e sofra nova intervenção em seguida. A Secretaria Municipal de Obras constrói galerias no córrego São Caetaninho para evitar enchentes na região. A estimativa é que em 30 dias as obras nesse trecho sejam concluídas e a avenida possa ser pavimentada.

‘O nosso serviço está praticamente pronto. Só que como a construção do coletor será feita nesse mesmo trecho, o pavimento teria de ser aberto de novo daqui a um mês. Então procuramos a Sabesp para saber se seria possível começar por aqui e tudo foi acertado. O coletor passará sob as galerias de águas pluviais’, afirmou o secretário de Obras e Serviços Municipais de Ribeirão Pires, Douglas Carvalho da Fonseca.

No total, o reversor custará R$ 27,4 milhões e beneficiará cerca de 100 mil habitantes (85% da população de Ribeirão Pires, todos os moradores de Rio Grande da Serra e de bairros próximos à Solvay). A primeira etapa deve ser concluída em um ano e todo o reversor deve estar pronto em 2005.