A importância da positiva continuidade

Correio Popular - Campinas - 11/7/2003

sex, 11/07/2003 - 11h41 | Do Portal do Governo

Editorial

A mobilidade dos bandidos, o espalhamento de sua ação por múltiplas áreas da cidade, a ousadia e a intensidade de seus intentos criminosos, além de outros fatores, configuram desafios para os órgãos da Secretaria Estadual de Segurança, no combate ao crime numa metrópole como Campinas.

O trabalho da Polícia Militar e da Polícia Civil tem evoluído em função de uma série de medidas implantadas desde 2002, de tal modo que as ações de cerco e combate à criminalidade vêm ganhando ritmo produtivo, que se reflete na diminuição estatística de crimes como os de homicídio e de chacinas, como ontem publicamos.

O número de assassinatos no primeiro semestre de 2003 em Campinas sofreu queda de 7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Quanto à ocorrência de chacina (quando mais de duas pessoas são mortas num mesmo local), foram duas, entre janeiro e junho deste ano (com nove vítimas). Isso indica queda, em relação ao mesmo período de 2002, quando aconteceram sete chacinas (27 vítimas).

Esses números, decorrentes de levantamento realizado pela Agência Anhangüera de Notícias (AAN) junto às polícias Militar e Civil, Serviço Funerário Municipal, hospitais e Instituto Médico Legal (IML) são expressivos de algo importante, no trabalho geral das corporações policiais de Campinas.

Trata-se da positiva continuidade no avanço de estratégias e no acrescentamento de medidas que, mesmo em face dos obstáculos mencionados acima, acabam por demonstrar que as ocorrências de violência vão diminuindo. Saliente-se que o homicídio, por exemplo, é delito cuja contenção é muito difícil, pois que pode ocorrer em qualquer lugar e é perpetrado de forma rápida.

Uma série de medidas implantadas desde o ano passado propiciou o avanço estatístico assinalado. São ações das polícias Civil e Militar que objetivam o aumento da repressão ao tráfico de drogas (essa prática é responsável por grande parte dos homicídios).

Para o combate ao crime, a Polícia Militar criou força-tarefa de Homicídios em Campinas, que atua a partir de mapeamento, feito com base nos registros de ocorrência.

É como acentuou o capitão Udson Camilli, responsável pelo Departamento Operacional do Comando de Policiamento do Interior 2 (CPI-2), que envolve a PM de Campinas e outras 89 cidades, inclusive as 19 da Região Metropolitana. O capitão frisou que essa força-tarefa implementou as táticas de patrulhamento, reforçou o efetivo das áreas mais violentas e implantou programa informatizado”.

O delegado seccional de Campinas, Miguel Voigt Júnior, lembrou o trabalho produtivo do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), da Polícia Civil. O SHPP recebeu mais policiais e as equipes foram divididas para agir em áreas fixas da cidade. O delegado acaba de enviar relatório ao Departamento de Polícia Civil do Interior (Deinter-2), que abrange 90 cidades, informando as medidas que estão sendo adotadas para enfrentamento de novas situações.

Os dados revelam continuidade no avanço do combate anticrime.