Alckmin desativa a carceragem do 25º Distrito Policial

Ele reafirmou que o objetivo é desativar as carceragens de todas as delegacias da Capital até o fim de 2004

qua, 19/03/2003 - 14h42 | Do Portal do Governo


Governador reafirmou que o objetivo é desativar as carceragens de todas as delegacias da Capital até o fim de 2004

A carceragem do 25º distrito policial da Capital, localizado no bairro de Parelheiros, Zona Sul, foi desativada nesta quarta-feira, dia 19. A derrubada das quatro celas da delegacia foi realizada pelo governador Geraldo Alckmin. Ele reafirmou que o objetivo é desativar as carceragens de todos os distritos da Capital até o fim de 2004. De acordo com Alckmin, as metas na área da Segurança estão sendo cumpridas.

A primeira meta traçada pelo Governo do Estado foi a desativação da Casa de Detenção do Carandiru. ‘Lá estavam 7.600 presos e nós conseguimos fazer a transferência de todos’, disse. Segundo o governador, o novo objetivo é retirar os presos de todos as delegacias. ‘Para isso, estamos acelerando a construção de Centros de Detenção Provisória (CDPs). Na semana passada, inauguramos uma unidade no município de Suzano, que abriu mais 800 vagas no sistema penitenciário.’

Alckmin informou que a população carcerária paulista cresceu de pouco mais de 50 mil, em 1995, para 114 mil detentos, em 2003. ‘A Polícia de São Paulo é a mais motivada e bem equipada e por isso é a que mais prende no País’, observou.

Com a retirada dos últimos dez presos que estavam no 25º DP, o Governo do Estado concluiu a desativação de 33 delegacias da Capital, de 1995 até hoje. Ainda restam esvaziar 54 distritos, mas os resultados positivos já estão aparecendo. ‘Entre janeiro e março deste ano, houve uma redução de 80% no número de fugas de delegacias, em comparação com o mesmo período do ano passado’, analisou o governador. Em 2002, ocorreram 133 fugas e, neste ano, foram apenas 26.

A próxima desativação será no 16º DP de Vila Clementino, Zona Sul da Capital. As desativações estão sendo realizadas com prioridade para os distritos superlotados e com risco de rebeliões. ‘É um grande sonho da população ver esses locais sem a presença dos presos. Além de diminuir o perigo na região, a medida permite que os policiais civis deixem de tomar conta de presos para voltarem ao trabalho investigativo’, disse Alckmin.

O presidente do Conselho de Segurança (Conseg) de Parelheiros, Aparecido Bezerra Monteiro, compartilha da mesma opinião que o governador. ‘A Polícia Civil fica de mãos atadas quando tem de tomar conta dos presos nas delegacias. Agora, os índices de criminalidade em Parelheiros poderão cair’, afirmou.

Com as desativações, os presos que estavam sob responsabilidade da Secretaria da Segurança Pública passam para a Secretaria da Administração Penitenciária. O secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, destacou que há um ano sua pasta tinha 34 mil presos. ‘Hoje tem 27 mil. Ou seja, mesmo batendo recorde no número de prisões, estamos conseguindo reduzir o número de presos em distritos policiais’, explicou.

Rogério Vaquero