Estado mostra como monta um infocentro

Diário de S. Paulo - Informática - 21/1/2003

ter, 21/01/2003 - 10h04 | Do Portal do Governo

Coordenador do projeto Acessa São Paulo explica que os procedimentos são relativamente simples

O governo do Estado investe, há cinco anos, no programa de inclusão digital Acessa São Paulo (www.acessasaopaulo.sp.gov.br), que hoje conta com cerca de 60 Infocentros na Capital e outros 70 no Interior, tendo beneficiado cerca de 300 mil pessoas.

Este programa, coordenado por Fernando Guarnieri, visa dar para as populações carentes a oportunidade de conhecer este canal de expressão, a Internet, e mostrar que a tecnologia também ajuda a democratizar não somente o conhecimento mas a sua produção e a produção de cultura popular.

“Nosso foco não é só colocar a informação no ar e dar acesso às populações carentes, mas também mostrar que ela pode inserir conteúdos na rede, por meio da criação de sites e jornais comunitários, por exemplo”, afirma Guarnieri, acrescentando que o objetivo é ensinar as pessoas a usarem a “ferramenta” Internet.

Segundo ele, no tocante à cultura popular “é importante que ela seja preservada e que se mostre o valor das tradições para os jovens. E a Internet é a ferramenta ideal para atingir-se este propósito”.

O Estado de São Paulo tem, hoje, 645 municípios e o objetivo do projeto, segundo Fernando Guarnieri, é conseguir implantar pelo menos um infocentro em cada cidade.

O coordenador do Acessa São Paulo informa que a expansão do programa para o Interior do Estado deverá ser reformulado. “Pretendemos juntar as lideranças dos pequenos municípios para descobrir a melhor forma de usar a rede em benefício das comunidades, além de proporcionar o uso livre para a população”, diz.

Projeto-piloto

A coordenadoria do projeto está revendo os critérios de expansão, para trabalhar com cidades de até 5 mil habitantes. Para tanto, há um projeto-piloto no município de Pracinha, na região do Pontal do Paranapanema, com cerca de 3 mil habitantes. Essa prefeitura contava com apenas dois computadores e recebeu mais três para a montagem de seu infocentro, sendo todos colocados em rede.

E já está em estudo a expansão da margem populacional para até 15 mil habitantes a partir de 2004. Na Capital, estuda-se a criação de infocentros para crianças de até 10 anos, para lhes dar o primeiro contato com o mundo digital.

Serviço: Informações para cadastramento no projeto, pelo fone 3745-3800, com Michele, no horário comercial.

(GD)

Saiba mais:

  • A escolha dos parceiros
    A escolha das entidades parceiras do Acessa São Paulo é feita a partir daquelas cadastradas em órgãos do governo estadual. As não cadastradas também podem vir a ser parceiras, desde que ofereçam a contrapartida exigida para participar.

    Das entidades cadastradas é exigido que tenham no mínimo cinco anos de existência e espaço para a implantação do Infocentro. Elas também são responsáveis pelo pagamento de despesas de água e luz.

  • Nos infocentros da Capital, por meio do Acessa São Paulo, o governo do Estado fornece os computadores, hardwares, móveis, conexão à internet e links para o desenvolvimento de trabalhos pelas comunidades, além de dar treinamento e promover a reciclagem dos monitores, que também são remunerados.
  • No Interior, são as prefeituras que escolhem as entidades e cuidam da manutenção, sendo que as menores costumam utilizar espaços próprios para criá-los. No caso, o Estado também fornece os equipamentos e dá treinamento para os monitores.
  • Os monitores dos infocentros são selecionados entre maiores de 16 anos e não lhes é exigida formação universitária nem conhecimentos de Informática, pois este eles obterão no curso de capacitação, realizado pela Escola do Futuro, da Universidade de São Paulo (USP), que dura 90 dias.
  • Na Capital, estuda-se a criação de infocentros destinados a crianças de até 10 anos, visando proporcionar-lhes o primeiro contato com o mundo digital.