Juros bancários: Procon-SP divulga pesquisa do mês de novembro

Levantamento revela aumento das taxas do cheque especial e empréstimo pessoal

seg, 18/11/2002 - 13h11 | Do Portal do Governo

Taxas de juros mais altaS para quem entra no cheque especial e obtém empréstimo pessoal. A constatação é da última pesquisa de juros bancários realizada nos dias 7 e 8 deste mês pela Fundação Procon-SP, órgão da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.

O levantamento revelou que a taxa média para o cheque especial foi de 8,86% ao mês (superior à de outubro que foi de 8,76%, significando acréscimo de 0,10 pontos percentuais) e a taxa média para o empréstimo pessoal foi de 5,87% (superior à do mês anterior, que foi de 5,68%, implicando acréscimo de 0,10 pontos percentuais), nos 13 bancos pesquisados.

Cheque especial

A maior taxa mensal do cheque especial foi de 9,80% (BCN) e a menor foi de 7,95% (Nossa Caixa). A taxa equivalente ao ano para esta modalidade foi de 176,87%. As três maiores elevações no mês foram promovidas pelo Santander, BCN e Banco do Brasil.

O Santander alterou a taxa mensal de 9,20% para 9,50% (acréscimo de 0,30 pontos percentuais, representando variação de 3,26% em relação à taxa de outubro). O BCN mudou a taxa de 9,50% para 9,80% (acréscimo de 0,30 pontos percentuais, representando variação 3,16%). O Banco do Brasil alterou a taxa de 8,30% para 8,50% ao mês (acréscimo de 0,20 pontos percentuais, representando variação de 2,41%)

Empréstimo pessoal

Já com relação ao empréstimo pessoal, a maior taxa foi de 6,95% (Itaú) e a menor, 3,95% (Nossa Caixa). A taxa equivalente ao ano foi de 98,17%. As três maiores elevações verificadas na modalidade foram Unibanco, Banespa e Santander. O Unibanco modificou a taxa mensal de 5,90% para 6,50% (acréscimo de 0,60 pontos percentuais, implicando em variação de 10,17%).

O Banespa alterou a taxa mensal de 5,90% para 6,40% (acréscimo de 0,50 pontos percentuais, implicando em variação de 8,47%). O Santander mudou a taxa de 5,99% para 6,40% ao mês (acréscimo de 0,41 percentuais, significando variação de 6,84%).

Análise

De acordo com os técnicos da Fundação Procon-SP o recente aumento de preços e a piora das expectativas de inflação, decorrentes da depreciação acentuada do câmbio, foram os principais fatores apontados pelo Banco Central para justificar a decisão de elevar a taxa básica de juros (Selic) de 18% para 21%, em reunião extraordinária de 14/10/2002. Uma semana depois o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, em reunião ordinária decidiu manter essa taxa em 21%.

O resultado da pesquisa mensal de taxa de juros bancários demonstra o reflexo dessa medida junto ao mercado financeiro. Das instituições pesquisadas, seis bancos (quase a metade da amostra) elevaram as taxas da modalidade cheque especial e oito bancos (cerca de 62% da amostra) elevaram as taxas para o empréstimo pessoal, não sendo constatada nenhuma queda em qualquer das modalidades. O Procon-SP recomenda ao consumidor que evite entrar no cheque espécial ou tomar empréstimos, seja por um curto ou longo prazo.

Os 13 bancos que fizeram parte da coleta foram: Banco Bilbao Vizcaya Brasil-BBV, Banco do Brasil, Banespa, BCN, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Mercantil de São Paulo, Nossa Caixa, Real, Santander e Unibanco.

O resultado da pesquisa à disposição dos interessados para consulta nos postos de atendimento pessoal do Procon-SP, instalados nas unidades do Poupatempo Sé, Itaquera, Santo Amaro ou pela internet, no site: www.procon.sp.gov.br

Da Assessoria de Imprensa da Fundação Procon-SP

A.R.