Folia com responsabilidade: Saúde alerta sobre os vírus da hepatite

Entre as dicas estão uso de preservativo e condições de higiene dos alimentos

qua, 03/02/2016 - 17h13 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado da Saúde alerta sobre o perigo de trasmissão dos vírus das hepatite A, B e C durante as festas de Carnaval. As doenças atacam o organismo de forma silenciosa e podem causar danos irreversíveis ao fígado.

Para evitar o contato com os vírus, principalmente durante o Carnaval, é importante seguir algumas recomendações.

“O uso de preservativo é fundamental para evitar a contaminação com o vírus do tipo B, que em 70% dos casos é transmitido em relações sexuais e tem poder de contágio até 100 vezes mais do que o vírus da Aids. O sexo com camisinha também protege contra outras doenças sexualmente transmissíveis, a exemplo da Aids”, explica o médico hepatologista Carlos Baia, coordenador dos transplantes de fígado do Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini, unidade da Secretaria de Estado da Saúde gerenciada em parceria com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).

A vacina contra a hepatite B está disponível na rede pública de saúde para pessoas com até 49 anos de idade. Para garantir a imunização são necessária três doses.

Também é importante ficar atento na hora das refeições. Alimentos e até mesmo água comercializados nas ruas ou em ambientes precários, sem que haja condições básicas de higiene, podem estar contaminados e servir de vetores para a hepatite A. O ideal é evitar, inclusive, dividir copos, latinhas de cerveja e talheres, pois este tipo de vírus é transmitido, também, pelo contato pessoal. 

“A troca de saliva pode transportar o vírus. Portanto, não compartilhar bebidas com desconhecidos, por exemplo, é uma forma de prevenção”, explica o especialista. 

Já a hepatite C é a maior responsável pela cirrose hepática em todo Brasil e desencadeia cerca de 40% dos transplantes de fígado realizados no Estado. Transmitido pelo sangue contaminado, o vírus sobrevive por várias horas ou até por alguns dias fora do corpo. “A maior preocupação em períodos de festa é com os usuários de drogas injetáveis, que costumam dividir seringas e, sem saber, acabam se contaminando”.

A preparação para o Carnaval também exige cuidados contra as hepatites B e C. Para as mulheres a dica é levar o seu próprio kit com alicate e outros instrumentos às manicures. Já os homens devem ficar atentos à higiene com tesouras e outros utensílios na ida ao barbeiro. E se a folia incluir, também, uma nova tatuagem no corpo, só vale se as agulhas do estúdio forem esterilizadas.

As informações são da Secretaria de Estado da Saúde.

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