Alckmin discursa após autorizar a doação de terreno à Fundação Antonio Prudente

Geraldo Alckmin: Bom dia. Bom dia a todas e a todos. Estimada Liana Maria Carraro de Moraes, diretora da Rede Voluntária deste hospital; professor Giovanni Guido Cerri, Secretário de Estado […]

ter, 18/10/2011 - 15h00 | Do Portal do Governo

Geraldo Alckmin: Bom dia. Bom dia a todas e a todos. Estimada Liana Maria Carraro de Moraes, diretora da Rede Voluntária deste hospital; professor Giovanni Guido Cerri, Secretário de Estado da Saúde; doutor Ricardo Renzo Brentani, presidente da diretoria executiva da Fundação Antônio Prudente; doutor José Ermírio de Morais Neto, presidente do conselho da Fundação Antônio Prudente e vice-presidente do conselho de administração da Votorantim; Machado Filho, CEO aqui do hospital; doutor Ademar Lopes, diretor do departamento de cirurgia, em nome de quem quero saudar aqui todo o corpo clínico, os funcionários, colaboradores, voluntárias e voluntários; amigas e amigos.

Dizer, Liana, que é uma alegria nós estarmos hoje aqui juntos. As ciências jurídicas dizem que o acessório acompanha o principal. O terreno aqui é o acessório, o principal é o hospital. A titularidade do terreno é do Estado, mas o hospital é do povo brasileiro. O orgulho de São Paulo e do país. Então nós só estamos cumprindo com o dever de mandarmos a lei pra Assembléia, fazendo a doação definitiva do terreno, que possibilitará à fundação e ao hospital captar mais recursos, poder expandir, poder prestar ainda mais serviços à população do nosso Estado.

Esse é um centro de excelência científica. Doutor Brentani, um homem da ciência e da pesquisa. Aqui se fizeram os estudos do genoma do câncer. Esse é um centro de formação médica e de profissionais da saúde, a primeira residência em oncologia, primeiro lugar da CAPS. Esse é um centro de generosidade, fruto não do governo, mas do trabalho voluntário, do coração generoso, do sonho que se converteu aqui em obras e realizações para quem precisa, atendendo mais de 60% de SUS, que não é fácil. Que é uma dificuldade enorme. Um dia eu fui a um grande hospital de São Paulo, até religioso, e perguntei: “quantos por cento tem de SUS?”. Aí o pessoal enrolou um pouco, eu não insisti. Depois alguém me chamou, falou: “olha, aqui não atende mais SUS, é 100% convênio, particular”.

Não é fácil, não é? A gente sabe das dificuldades e dos desafios cotidianos para manter uma instituição com esse nível de excelência. Estamos muito felizes. O professor Giovanni Cerri colocou muito bem a importância em termos de saúde pública. Porque há um extraordinário aumento de expectativa de vida no mundo. Diz que no Império Romano a expectativa de vida era 23 anos de idade, expectativa de vida média. A mortalidade infantil era altíssima. No Brasil, esse Brasil rural do século passado era 140 a mortalidade infantil. Então nós estamos vivendo mais e melhor, com boa qualidade de vida. Hoje pessoas com mais de 100 anos já não é mais uma efeméride. Castelo Branco que trabalha conosco lá, Frederico, a mãe dele 102 anos, todo domingo uma cervejinha, está super bem. Não é que a gente recomende isso, mas ela está com mais de 100 anos.

Então agora, de outro lado, as doenças neoplásicas são ligadas diretamente a idade, quanto maior a expectativa de vida maior a incidência. Hoje é a segunda causa de mortalidade no mundo, crescente. Mas a boa notícia é que é uma doença curável, desde que diagnosticada precocemente, corretamente, e tenha o tratamento adequado. Que é um tratamento múltiplo, cirurgia, quimio, rádio, avanços da ciência.

Então eu diria que não há nada mais importante em termos de saúde pública do que sermos parceiros aqui dessa instituição excelência em generosidade. Dia 18 de outubro é dia de São Lucas, médico e apóstolo. E nós não poderíamos comemorar melhor, do que estando na casa, como disse e nós vamos dar a ela um CRM, como disse a doutora Liana, na casa da compaixão e da competência.

Bom trabalho!