SP sedia II Seminário Internacional de Mulheres Afrolatina-americanas e Caribenhas

Evento será no auditório Espaço da Cidadania, da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania

sex, 22/07/2011 - 12h00 | Do Portal do Governo

A Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena promove, nos nesta sexta, 22, e no sábado, 23, o II Seminário Internacional da Mulher Afro-Latina Americana e Caribenha, em parceria com a Coordenadoria Municipal de Assuntos da População Negra. O evento acontecerá no auditório Espaço da Cidadania, da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, localizado no Páteo do Colégio, nº 184.

“Receber um encontro dessa magnitude, com mulheres do Brasil, América Latina e Caribe, abre um espaço para a construção de propostas de avanço para as mulheres negras”, afirmou Antonio Carlos Arruda, coordenador de políticas para a população negra e indígena da Secretaria Estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania. Arruda acrescentou que o evento reforça a articulação entre dois órgãos executivos importantes de políticas para a população negra.

O objetivo do seminário é ampliar e fortalecer as organizações de mulheres negras do estado, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais formas desigualdades raciais e sociais.

O evento agrega a agenda do Ano Internacional do Afrodescendente, consagrado pela Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, as mulheres negras representam uma grande parcela da população. Conforme relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado em 2007, as mulheres e a população negra representam 70% dos brasileiros.

Pesquisa realizada em 2010 pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) revelou que a contratação de mulheres negras representa menos de 50% da mão de obra qualificada disponível no mercado. Estudo realizado em 2008 pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), por sua vez, evidenciou a desigualdade salarial entre homens brancos e mulheres negras: eles recebem, em média, 200% a mais que elas.

Para Maria Aparecida Laia, presidente da Coordenadoria Municipal de Assuntos da População Negra, a sociedade civil e o governo tem atuado para consolidar e dar visibilidade a esta data, considerando que além da opressão de gênero, as mulheres também sofrem com a discriminação de raça e etnia em muitas situações cotidianas. “É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, ações, promoção, valorização e debate sobre a identidade da mulher negra Brasil”, acrescentou Maria Aparecida.

No encerramento do seminário, a escritora Cristina Sobral, autora de poemas e contos publicados na antologia Cadernos Negros, fará o lançamento do livro Não vou mais lavar os pratos, em que aborda as relações sociais das mulheres negras.

Dia Internacional da Mulher Afro-latina Americana e Caribenha – criada em 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de mulheres Afro-latino-americana e Afro-caribenha, em Santo Domingo, República Dominicana, a data tornou-se o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra.

Confira aqui a programação do evento.

Serviço

II Seminário Internacional da Mulher Afro-Latina Americana e Caribenha
Data: 22 de Julho de 2011 – das 16h às 22h
23 de Julho de 2011- das 9h às 17h30
Local: Auditório Espaço da Cidadania da Secretaria da Justiça e da Defesa Cidadania
Endereço: Páteo do Colégio 184

Da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania