Mais de 137 mil inscritos farão exame supletivo neste domingo

Avaliação direcionada a jovens e adultos que buscam o certificado de conclusão do Ensino Médio acontece em todo o Estado

sex, 23/04/2010 - 14h00 | Do Portal do Governo

Mais 137 mil inscritos devem participar do exame supletivo promovido pela Secretaria da Educação em todo o Estado neste domingo, 25. O exame é uma oportunidade para jovens e adultos, que tiveram os estudos interrompidos, obterem a certificação de conclusão referente ao Ensino Médio. A participação é gratuita e voluntária, sendo que os candidatos devem ter no mínimo 18 anos completos até o dia da prova. “É louvável ver esse grande número de jovens e adultos empenhados em dar prosseguimento aos seus estudos”, diz o secretário da Educação Paulo Renato Souza.

A avaliação será realizada pela Fundação Vunesp em 163 municípios paulistas. O candidato pode obter informações sobre o local da prova no portal da secretaria, utilizando o número do protocolo de inscrição.

O exame será composto de quatro provas objetivas, com 30 questões de múltipla escolha cada, e uma proposta de tema para redação. Cada prova contemplará uma área de conhecimento. Das 8 horas às 10h30, acontecerá a prova referente a Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação (Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna/ Inglês, Artes, Educação Física). Das 11 horas às 13h30, será realizada a prova de Matemática e suas Tecnologias. Das 14h30 às 16h30, os estudantes farão a prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Filosofia e Sociologia), e das 17 horas às 19h, a prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Química, Física e Biologia).

O inscrito deverá comparecer ao local do exame 30 minutos antes do seu início, portando caneta esferográfica (preta ou azul) e um documento original com foto. Será considerado aprovado o candidato que obtiver 50% do total de pontos em cada prova (inclusive na redação).

Unidades prisionais

Dos mais de 137 mil inscritos para o exame supletivo em todo o Estado, 6.875 se encontram em unidades prisionais. Para eles, o exame não é somente uma oportunidade para obter um diploma, mas a chance de um recomeço em busca de um futuro melhor.

É o caso da ex-presidiária Andréia Bernardo Mendonça, de 35 anos, que em 2007 fez o exame e obteve seu diploma referente ao ensino médio. Logo em seguida, Andréia foi para o regime semiaberto e começou a trabalhar como costureira na Fundação de Amparo ao Preso (Fundap), confeccionando uniformes para presidiários.

“Quis fazer o exame pois já pensava em sair e arrumar uma profissão”, conta Andréia, que em meados de 2008 ganhou a liberdade e a oportunidade de trabalhar para a grife Daspre, onde está até hoje. Na Daspre, ela foi convidada para fazer um curso de especialização, uma chance de crescer na profissão que só foi possível por conta do seu diploma. “Antes eu não precisava. Mas agora percebo que ele começa a abrir portas. Sem o diploma eu não poderia fazer esse curso”, conclui.

Da Secretaria da Educação