Parques estaduais são alternativa de lazer e educação ambiental

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ter, 01/01/2002 - 14h58 | Do Portal do Governo


Verdadeiros tesouros naturais sobrevivem ao processo de desenvolvimento dos centros urbanos e hoje formam um dos mais valiosos patrimônios do Estado de São Paulo. São os parques estaduais, administrados por secretarias e órgãos do Governo do Estado, que se revelam como interessante opção de preservação e ecoturismo. Além de serviços criados especialmente para atender à visitação turística, como alojamento, centros de visitante, campings, trilhas, refeitórios, auditórios e estacionamentos, muitos parques dispõem de programas de educação ambiental.

Conhecer um parque estadual é sempre experimentar novas sensações. O visitante pode sentir o ar puro, contemplar as belezas da natureza, banhar-se numa cachoeira, explorar uma caverna ou simplesmente ouvir o canto dos pássaros e o som do mar. E, por que não, ainda praticar esportes nesses lugares tão privilegiados, como caminhada, canoagem, canyoning, espeleologia, escalada, mergulho esportivo, mountain bike, rafting e surfe.

Vale lembrar que dos 37,3 milhões de habitantes no Estado, cerca de 93% vivem nas cidades. Um grau de urbanização que supera a média de países, como Japão e EUA. Na Capital, por exemplo, o índice de área verde por habitante é de apenas 4,6 metros quadrados – enquanto o recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de 12 m2. Nesse contexto, os parques estaduais têm papel fundamental no cotidiano dos paulistas. Além de manterem a qualidade de vida urbana, na medida que oferecem espaço para lazer, recreação e educação ambiental, cumprem importantes funções como a regulação do clima, a conservação de mananciais e de espécies nativas.

Muitos locais ainda são pouco conhecidos, como o Parque Estadual das Furnas do Bom Jesus, no município de Pedregulho, a 442 quilômetros da Capital. Localizado na bacia hidrográfica do Córrego do Pedregulho, sua reserva mantém muitas espécies da fauna característica do cerrado, como o tamanduá-mirim, além de uma das maiores cachoeiras do Estado – a Cascata Grande, com 122 metros de queda.

Outros parques, no entanto, já são grandes aliados do ecoturismo. É o caso do Petar – Parque Turístico do Alto Ribeira, entre os municípios de Iporanga e Apiaí, no Vale do Ribeira, a 370 quilômetros da Capital. O lugar abriga uma das maiores concentrações de cavernas do País, formadas pela ação milenar da água nas rochas – entre elas a famosa Caverna do Diabo. Com quatro núcleos de visitação, o Petar promove diferentes tipos de atividades ecoturísticas e de educação ambiental.

Conhecer para Conservar

Conhecendo e convivendo com os parques estaduais é que a população se predispõe a defendê-los e conservá-los. Esse é o mote da Secretaria do Meio Ambiente para estimular a visitação nas unidades de conservação que administra. ‘As pessoas não podem conhecer esses parques apenas por imagens de TV ou foto de revistas. É fundamental interagir e frequentar para termos mais aliados na área do meio ambiente’, avalia o secretário Ricardo Tripoli. Outro objetivo da iniciativa, acrescenta ele, é conciliar desenvolvimento e preservação, sempre com a participação das comunidades locais.

A secretaria mantém educação ambiental em 43 unidades de conservação (parques, estações ecológicas e experimentais) de todo o Estado. A idéia é atingir um público-alvo além dos alunos da rede pública e particular de ensino fundamental e médio, direcionando a atividade para universitários e até famílias. Segundo Tripoli, somente na Mata Atlântica, o Estado de São Paulo tem 21 mil quilômetros quadrados preservados.

‘Eu diria que é um dos maiores berços da biodiversidade de todo o planeta, tanto em fauna quanto em flora. E tudo isso pode ser conhecido’, diz Tripoli. Os 11 parques estaduais inseridos no Projeto de Preservação da Mata Atlântica paulista (incluindo os oito núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar), vêm passando por reformas e construção de edificações, além de mudanças norteadas por planos de manejo.

Gislene Lima

Dicas de bom comportamento

1 – Respeitar as formas de vida encontradas no meio ambiente. Para isso é importante não coletar plantas ou conchas e também não gravar nomes nas árvores ou rochas;

2 – Respeitar os costumes e tradições das populações locais;

3 – Andar com atenção e cuidado, somente pelas trilhas indicadas pelo guia. Nunca se aventurar sozinho por lugares desconhecidos;

4 – Ouvir as recomendações e explicações do guia. Fazer silêncio para não afugentar animais durante caminhada de observação;

5 – Levar de volta tudo que carregar. Não esquecer de colocar na mochila todo o lixo e deixar o local como foi encontrado;

6 – Avisar na guarita ou administração do parque, qual seu roteiro de trilha e provável horário de retorno

Mais informações sobre os parques estaduais estão nos sites da:

– Secretaria do Meio Ambiente: www.ambiente.sp.gov.br

– Fundação Florestal: www.fflorestal.sp.gov.br/index2.htm

– Instituto Florestal: www.iflorestsp.br