A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), empresa da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, iniciou, na Estação da Luz, as obras dos saguões subterrâneos definidos pelo Projeto Integração Centro. O projeto prevê a ligação entre as estações Brás, Luz e Barra Funda, e inclui a readequação funcional tanto da gare da Estação da Luz como da Estação Brás.
Hoje, a Estação da Luz atende a Linha A – Noroeste (Brás-Francisco Morato) e a Linha D – Sudeste (Barra Funda-Rio Grande da Serra). Passará a atender também a Linha B – Oeste (Júlio Prestes-Itapevi) e a Linha E – Leste Tronco (Brás-Estudantes), além dos passageiros que chegarão diretamente da Estação Luz do Metrô, pelo túnel atualmente em construção sob a vizinha rua Mauá. Esse túnel estará ligado diretamente aos saguões.
Os dois saguões terão cerca de 1 mil metros quadrados cada um, e ficarão a cerca de 10 metros de profundidade. A escavação se dará pelo chamado método invertido e não causará nenhuma interferência no desenho arquitetônico da gare da Estação da Luz. As obras também não interromperão o tráfego de trens.
A obra começará pela fixação dos tubulões de sustentação da laje de cobertura dos saguões, por sobre a qual passarão os trens. Finalizada a laje de cobertura, haverá a escavação dos próprios saguões. O tráfego de trens sofrerá remanejamento conforme o avanço da construção.
Os tubulões servirão, depois, como pilares, e a parte exterior deles, dentro dos saguões, receberá acabamento adequado. A construção dos saguões implicará na escavação de cerca de 30 mil metros cúbicos de terra.
O primeiro saguão ficará nas proximidades da avenida Cásper Líbero. A CPTM já começou a retirar os dormentes, trilhos, britas, a adequar a sinalização e a deslocar a rede aérea das vias 3 e 4 para as vias 1 e 2. A mudança não prejudicará os passageiros, porque estes já utilizavam duas plataformas na Estação da Luz.
As obras devem demorar cinco meses. Com a mudança das plataformas, mudam também os acessos internos na Estação da Luz. Algumas velhas bilheterias, construídas nos anos 50, também já foram retiradas. Elas sofrerão obras de restauro, dentro do projeto de restauração arquitetônica da gare da velha Luz.
