Alckmin autoriza licitação da unidade básica de saúde na zona oeste

O edital será publicado na próxima semana e a obra foi orçada foi em R$ 350 mil. “O processo licitatório deve durar 40 dias e, portanto, em outubro deverá estar tudo certo para início da construção”, disse o governador Geraldo Alckmin. A solenidade de assinatura foi realizada na sede da atual Unidade Básica de Saúde. Com instalações pouco adequadas em três pavimentos, o local dificulta muito o trabalho dos médicos e funcionários.

O secretário estadual da Saúde, José da Silva Guedes, lembrou que a construção da nova UBS em substituição à atual atende uma reivindicação de 22 anos feito pela comunidade. “Realmente é bastante complicado levar o paciente para uma consulta no último andar ou levar o médico para o térreo quando uma pessoa não pode subir”, disse Guedes.

Guedes explicou que apesar das UBS pertencerem ao âmbito municipal, Alckmin está cumprindo a palavra dada pelo governador Mário Covas a quem a comunidade fez a reivindicação. “O pedido foi feito no primeiro mandato de Covas mas, na época, as finanças do Estado ainda não permitiam este gasto”, afirmou.

A coordenadora da Comissão da Sociedade Anglo-Brasileira, Maria Vargas, falou da árdua luta para a instalação da UBS e de sua alegria por ter conseguido esta vitória. “Vocês não imaginam a importância que essa licitação vai dar para o novo posto”, disse Vargas, agradecendo ao governador Geraldo Alckmin. “Infelizmente a fatalidade não permitiu que Mário Covas estivesse hoje aqui cumprindo a palavra que nos havia dado”, afirmou.

As Unidades Básicas de Saúde Ambulatoriais realizam atividades de prevenção e promoção da saúde. Nelas trabalham clínico-geral, pediatra e ginecologista. Também são realizados atendimentos odontológicos e vacinações. Na Capital, há 145 UBS que estão em processo de municipalização até o final do ano.

Dose Certa: mais 30 quilos de medicamentos

Alckmin entregou 30 quilos de remédios do Programa Dose Certa, da Secretaria da Saúde, produzidos pela Fundação Para o Remédio Popular (Furp) durante a solenidade. “Esses medicamentos são distribuídos gratuitamente porque a Furp é mantida com o dinheiro do povo”, observou.

A Furp é o maior laboratório público do país. Atualmente produz mais de 1,8 bilhão de unidades e mais de cem tipos de medicamentos para todo o Estado de São Paulo e também para outros estados. Até o final de 2002, o laboratório vai dobrar sua produção para pelo menos três bilhões de unidades.

Da produção atual, mais de 900 milhões de unidades de 41 tipos de remédios são destinados ao Programa Dose Certa do Governo de São Paulo que, desde maio de 1999 conta com a parceria do Ministério da Saúde. O Dose Certa distribui esses remédios para a população dos 645 municípios do Estado.

Quando o governador Mário Covas assumiu o Governo de São Paulo, em 1995, a Furp estava ‘desmantelada’. A empresa, que iniciou suas atividades em 1974, desviou-se de sua função de produtora de medicamentos durante vários anos, tornando-se um mero distribuidor, que revendia remédios produzidos por outros laboratórios.

Logo no primeiro ano da atual administração, a Furp praticamente dobrou sua produção, que passou de 365 milhões de unidades em 1994 para 650 milhões em 1995. De lá para cá, a produção não parou de crescer, atingindo, a marca de 1,8 bilhão de unidades em 2000, com mais de cem tipos diferentes de medicamentos. A Fundação se transformou no melhor, maior e mais avançado laboratório estatal da América Latina.

Ercília Della Méa/ Valéria Cintra