Vinte bairros da Capital terão mais lazer e área verde com Parque da Integração

Construído sobre a adutora Rio Claro, o parque terá 7,5 quilômetros de extensão e 225 mil metros quadrados

qua, 02/05/2007 - 11h20 | Do Portal do Governo

Os moradores de Sapopemba e São Mateus ganharão, em 2008, o décimo maior parque da cidade, com 7,5 quilômetros de extensão e 225 mil metros quadrados de área. O Parque da Integração, que acompanha o traçado de parte da Adutora Rio Claro, será um dos maiores parques lineares urbanos do mundo.

O parque construído pela Sabesp irá da praça Virgilio Lúcio até o largo São Mateus, região da capital paulista que engloba 20 bairros onde vivem cerca de 200 mil habitantes. Serão 18 quilômetros quadrados de área de abrangência. A região é populosa e conta com 94 favelas. Aproximadamente 68% dos habitantes da região recebem até cinco salários mínimos de renda mensal.

Entre os principais benefícios da instalação da área de lazer na região estão a possibilidade de uso por diferentes faixas etárias, interligação dos bairros, aumento das atividades comunitárias e melhoria da condição de vida da população local.

Por oferecer tantas opções para práticas culturais, de lazer e esportes, é esperado que haja redução dos índices de violência da região, até mesmo porque no Parque funcionarão um batalhão e uma companhia da Polícia Militar, três bases comunitárias, três unidades de vigilância e uma central de segurança.

A Sabesp pretende estimular não apenas as atividades físicas. Projetos de educação ambiental serão desenvolvidos no parque, oferecendo noções para a população sobre despoluição de bacias e córregos, arborização, além de conscientização para uso racional da água. O principal objetivo é transformar o parque num pólo de irradiação dos conceitos de educação ambiental e cidadania.

Mas opções de esportes não irão faltar. São 23 quadras, sendo seis poliesportivas, três cobertas, seis de vôlei, quatro de futevôlei, duas de futevôlei mirim e duas de Tabela 21. Além disso, os esportistas contarão com dois campos de futebol, seis campos de taco, sete campos de bocha, seis campos de malha, oito praças de ginásticas e duas arquibancadas.

Os adeptos de esportes mais radicais poderão se divertir em uma pista de skate/cross, duas pistas de skate (percurso), duas pistas de skate mirim, duas pistas de cross e três escaladas horizontais.

Quem preferir curtir o sossego com as crianças contará com quatro anfiteatros, três praças de atividades, quatro áreas de estar com bancos, 17 áreas com mesas de jogos, 180 mesas, 15 parquinhos infantis com brinquedos, 10 pérgulas (espécie de galeria, para passear, construída em forma de ramada), 10 redários e 28 praças de travessia.

O bem-estar dos visitantes estará garantido com uma grande infra-estrutura de apoio que inclui 19 praças de travessia, nove praças internas, sete sanitários públicos, sete bicicletários e 23 bebedouros.

Na maior parte do trajeto, a largura mínima da faixa da adutora Rio Claro tem cerca de 30 metros, permitindo a colocação de vários equipamentos, como parquinhos para as crianças, quadras esportivas, campos de bocha e tabuleiros para jogos de mesa. Nos trechos mais amplos, serão colocados os equipamentos maiores, como praça de eventos, campo de futebol e pista de skate.

A elaboração do projeto do parque contou com ampla participação da população local. “O processo com a comunidade foi muito rico. Discutimos com todos os conceitos de cidadania e coletividade, que levaram à concepção de linearidade do parque.

Numa segunda etapa, os moradores dos bairros cortados pelo parque participaram da escolha dos equipamentos que ele teria”, conta Mara Calor, coordenadora do projeto. Para tanto foram realizadas diversas reuniões com a participação da Sabesp, parceiros e com as comunidades que vivem no entorno do Parque.

O projeto paisagístico conta com mais de 3 mil árvores e 812 palmeiras que serão dispostas na área. Um lago, uma área de horta comunitária e mais de 24 mil metros quadrados de forração complementam o plano.Adutora Rio Claro.

As obras da adutora Rio Claro foram finalizadas em 1930, afastando provisoriamente a alternativa de utilização da represa de Guarapiranga para sanar o déficit de água que enfrentava a cidade de São Paulo. Hoje, a adutora tem 77 quilômetros, sendo 22 deles dentro da Capital.

O sistema Rio Claro produz 4 mil litros de água por segundo captadas do rio Ribeirão do Campo. Abastece cerca de 1,2 milhão de pessoas de parte de Sapopemba e parte dos municípios de Ribeirão Pires, Mauá e Santo André.

Regina Amabile