USP oferece rota de museus para a população em geral

Mesmo quem não tem ligação direta com a Universidade pode fazer viagens culturais diferentes, sem sair do campus

qui, 19/07/2018 - 17h01 | Do Portal do Governo

Que São Paulo é uma cidade rica em museus, isso você já sabe. Mas que muitos deles, sempre abertos à visitação, estão dentro da Universidade de São Paulo, nem toda a população tem conhecimento. É possível visitar o belíssimo espaço da instituição e, de quebra, fazer verdadeiras viagens culturais – e sem nenhum custo.

São exposições artísticas, históricas e científicas, sempre atendendo aos principais objetivos da Universidade – buscar conhecimento, através da pesquisa e do ensino, e disseminá-lo pela sociedade. Além de referências, os espaços oferecem a chance de pessoas que estão fora da instituição se aproximarem do que é produzido dentro dela. São verdadeiros espaços de extensão à comunidade ligados diretamente à pesquisa científica e docência, que são pilares importantes da USP.

Ações educativas são realizadas nos museus, como a formação de professores e educadores, produção de materiais didáticos, mediação com públicos escolares, pesquisa com o acervo, participação na curadoria, desenvolvimento de ações inclusivas, etc.

Abaixo, listamos alguns dos museus que estão abertos à visitação e que valem a visita!

Museu de Arte Contemporânea – Criado em 1963 a partir da transferência do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) para a Universidade de São Paulo, o Museu de Arte Contemporânea da USP abriga cerca de oito mil obras, entre óleos, desenhos, gravuras, esculturas, objetos e trabalhos conceituais de artistas como Anita Malfatti, Boccioni, Chagall, De Chirico, Di Cavalcanti, Hélio Oiticica, Modigliani, Picasso, Portinari, Tarsila do Amaral e Vicente do Rego Monteiro. Além das exposições temporárias e permanente, em seus três espaços, oferece cursos, visitas orientadas, ateliê, programas para terceira idade e público infantil, biblioteca e loja.

Museu de Arqueologia e Etnologia – Foi criado em 1989 a partir da fusão do antigo Museu de Arqueologia e Etnologia, do Instituto de Pré-História e dos setores de arqueologia e etnologia do Museu Paulista e do Acervo Plínio Ayrosa do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP. Possui acervo tombado pelo poder público, com número estimado de cerca de 120 mil peças, objetos e imagens, provenientes de coletas de campo, escavações arqueológicas, doações, permutas e comodatos, dividido em coleções de arqueologia americana, com ênfase na Pré-História brasileira, etnologia brasileira e etnologia africana, e arqueologia do Mediterrâneo e Médio-Oriente. Além das exposições permanentes, temporárias e itinerantes, tem laboratórios de pesquisa, conservação e restauro, oferece estágios e cursos de graduação, pós-graduação, especialização e extensão universitária, atividades educativas para público escolar e não escolar, biblioteca e publica a Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia.

Parque de Ciência e Tecnologia da USP – Em 2001, foi criado o Parque de Ciência e Tecnologia da USP, Parque CienTec, vinculado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, através do decreto GR 3.313 de 12 de abril de 2001 (checar), assinado pelo Reitor Adolpho José Melfi. A Reitoria da USP, através da Portaria GR nº 5648, de 05 de junho de 2012, passou a considerar o Parque CienTec como ¨Reserva Ecológica da USP¨, com área de 112 hectares de mata, visando protegê-la como área de especial interesse ambiental, declarada de caráter de preservação permanente e destinada apenas a conservação, restauração, pesquisa, extensão e ensino.

Museu de Anatomia da USP – Foi fundado pelo Prof. Alfonso Bovero, a partir de suas atividades como docente na cadeira de Anatomia e Histologia da antiga Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo. A fundação do museu ocorreu em abril de 1915. O museu iniciou com poucas peças, sendo aprimorado por Bovero ao longo de seu trabalho, assim como teve seu acervo aumentado graças aos alunos. Desde 1999 funciona do edifício Biomédicas III do Instituto de Ciências Biomédicas, na Cidade Universitária, da Universidade de São Paulo. Nesse mesmo ano o museu recebeu o nome de Alfonso Bovero, para promover a sua memória.

Museu de Ciencias da USP – Ao longo de seus 75 anos, a Universidade de São Paulo herdou, adquiriu e gerou bens patrimoniais. Inúmeras coleções e acervos representantes das mais diversas áreas do conhecimento foram formados, como aqueles que integram as Ciências Exatas, Humanas, Biológicas, as Artes e a Tecnologia. Museus e acervos contendo documentos, equipamentos e até mesmo animais e plantas preservados foram incorporados e criados. Com o intuito de valorizar e difundir esse enorme patrimônio cultural e científico, a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária instituiu em 2002 o Museu de Ciências da USP, cuja missão é articular e revelar essa riqueza para a comunidade. O Museu de Ciências, no cumprimento de seus objetivos, promove exposições temáticas e tem apoiado o desenvolvimento de acervos virtuais que permitirá maior acessibilidade por parte do público em geral.

Museu de Anatomia Veterinária – O Museu de Anatomia Veterinária Prof Dr Plínio Pinto e Silva (MAV) é órgão de integração da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. O MAV tem como missão o desenvolvimento de atividades de pesquisa, ensino e extensão de serviços à comunidade, nas áreas de morfologia e anatomia animal. Foi aberto à visitação pública em 1984 e apresenta em sua atual exposição peças preparadas, estudadas e preservadas por professores, servidores e alunos da FMVZ ao longo dos anos.

Museu de Zoologia da USP – O Museu de Zoologia faz estudos sobre animais, especialmente sobre a fauna da Região Neotropical, que abrange a América do Sul e a América Central. As pesquisas zoológicas são feitas principalmente nas áreas de taxonomia, sistemática, evolução e biogeografia e baseiam-se nas grandes coleções de animais, hoje com cerca de 8 milhões de exemplares conservados em meio líquido ou a seco. Além das coleções, o Museu também é responsável pela Estação Biológica de Boracéia, uma reserva de Mata Atlântica, situado no município de Salesópolis, estado de São Paulo. Mantém uma biblioteca especializada, publicações, exposições públicas e atendimento educativo. Na área da difusão cultural, as pesquisas enquadram-se em museologia, comunicação e educação. No ensino, o Museu atua em pós-graduação, oferece disciplinas para graduação, cursos de extensão e estágios de aperfeiçoamento e de iniciação científica.

Museu de Geociências da USP – A coleta e preservação deste acervo de minerais, minérios, gemas, rochas, fósseis, espeleotemas e meteoritos remonta ao período de formação da Universidade de São Paulo, que ocorreu em 1934. Atualmente estão sob sua guarda cerca de 10 mil peças, das quais 5 mil estão em exposição. Destaques da coleção incluem o meteorito Itapuranga, de 628 kg, o terceiro maior do Brasil, e as réplicas de dinossauros. Além das exposições permanentes e temporárias, são oferecidos diversos serviços, como o atendimento a escolas, com linguagem pedagógica adequada às diferentes faixas etárias, orientação à população em geral sobre os assuntos geológicos e de meio ambiente, identificação de minerais e rochas através de análise mecânica visual (sem emissão de laudos), organização e participação em eventos como cursos de extensão e palestras em colégios, assessoria na organização e participação em exposições temáticas e temporárias, feiras de ciência, organização de coleções e demais atividades culturais e científicas.

Museu Oceanográfico do IOUSP – Aberto ao público desde 1988, o Acervo Oceanográfico e Aquários difunde as atividades e estende os serviços do Instituto Oceanográfico à sociedade em geral e em especial aos estudantes e professores Ensino Fundamental e Ensino Médio do Estado de São Paulo. O acervo é dividido em módulos e utiliza recursos visuais e instrumentais com a finalidade de mostrar a estrutura, a dinâmica e a biodiversidade dos oceanos. Instrumentos utilizados para a coleta e observação oceanográfica; animais marinhos preservados, esqueleto de baleia; painéis fotográficos e explicativos; além de diversos aquários que reproduzem setores do ecossistema marinho compõem a exposição permanente deste acervo. Oferece visitas monitoradas, módulos para exposições itinerantes e empresta material biológico taxidermizado ou conservado, para professores, como apoio didático.