USP homenageia professor em inauguração de Laboratório de Tradução

Com 30 computadores, o novo espaço atuará em apoio às atividades de pesquisadores e profissionais da área de tradução

seg, 20/08/2018 - 20h41 | Do Portal do Governo

O Programa de Tradução (TradUSP) e o Centro Interdepartamental de Tradução e Terminologia (Citrat), da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) inauguraram, na última terça-feira (14), o Laboratório de Tradução Professor Francis Henrik Aubert.

A homenagem ao docente ocorre pelo fato de a carreira acadêmica dele ser dedicada à tradução, com áreas de pesquisas sobre tradutologia, práticas profissionais da tradução, terminologia e linguística contrastiva. Vale destacar que o professor aposentado do Departamento de Letras Modernas (DLM) também foi o fundador do Citrat, em 1992, e vice-diretor e diretor da FFLCH, respectivamente, entre 1994 e 1998 e de 1998 a 2002.

Reconhecimento

Durante a abertura da cerimônia, a diretora da FFLCH, Maria Arminda do Nascimento Arruda, ressaltou a importância do homenageado. “O professor Francis é uma pessoa que a faculdade sempre reconheceu como docente e diretor, que ficou marcado na história. É muito bom ele ser homenageado, lembrado, pois esse é um momento em que a unidade se reconhece também”, avalia.

A chefe do DLM, Lenita Maria Rimoli Esteves, ao qual o laboratório será vinculado, disse que o docente sempre será referência para a área de tradução. O vice-diretor do Citrat, Álvaro Silveira Faleiros, também abordou a relevância do acadêmico. “Reconhecemos todo o trabalho do professor Francis ao criar espaço para que a tradução seja ativa como é hoje. Por isso, andar pelos corredores e ver o nome na porta do nosso laboratório será sempre uma alegria”, celebra o docente.

O professor João Azenha Junior destacou que a amizade com o professor completa 41 anos em 2018 e que o maior tributo que pode prestar ao homenageado é a carreira dele. “A trajetória do professor Francis se confunde com a história da tradução na faculdade. Por causa dele, a tradução juramentada foi reconhecida como uma função social, por exemplo”, lembra.

Colaboração

Em sua fala, o professor Francis Henrik Aubert revelou que só conseguiu realizar muitas iniciativas na área porque contou com a colaboração de muitos profissionais. “Que bom que foi, que é e que será fazer todas as coisas com todos vocês”, afirma.

Em seguida, foi realizado o descerramento da placa que nomeia o laboratório, que atuará em apoio às atividades do Citrat e das pesquisas da área de tradução em geral. O local possui 30 computadores para uso dos pesquisadores.

“No trabalho do tradutor de hoje, é fundamental o suporte tecnológico, a começar pelo imprescindível editor de texto, passando pelos diversos softwares de memória de tradução, que auxiliam e dinamizam o trabalho, principalmente quando se trata de tradução técnica”, ”, explica a professora Ângela Maria Tenório Zucchi, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, que passará a integrar, junto com mais três programas, o Programa de Letras Estrangeiras e Tradução (Letra).

“A etapa de pesquisa no ato tradutório, que antes do advento da internet era limitada às bibliotecas e ao acervo pessoal do tradutor, hoje é ilimitado através das pesquisas em sites e diversos outros recursos disponíveis em rede”, conclui a docente.

Segundo a professora, o laboratório é o local onde os professores podem levar os alunos à prática assistida e desenvolver pesquisas, como as do projeto interdisciplinar que reúne ferramentas computacionais relativas a corpora linguísticos. Além disso, o espaço é voltado a cursos com especialistas em ferramentas de tradução utilizadas no mundo todo.