Pesquisadores do Instituto de Biologia (IB) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foram responsáveis por 18 dos 81 pedidos de patentes feitos pela instituição de Ensino Superior em 2017.
Vale destacar que o IB é a Unidade de Destaque na Proteção à Propriedade Intelectual, uma das categorias do Prêmio Inventores 2018, voltado a reconhecer o espaço da Unicamp com o maior número de pedidos de patentes no ano.
De acordo com a diretora de Propriedade Intelectual da Inova Unicamp, Patrícia Leal Gestic, o número revela a capacidade do instituto de transformar pesquisas em propriedade intelectual. “São estudos com forte apelo industrial e alto potencial de atender demandas tecnológicas. O volume de patentes do IB mostra que os cientistas percebem cada vez mais a importância de proteger o resultado das análises”, afirma.
É importante frisar que o Instituto de Biologia, formado por cinco departamentos, foi uma das três primeiras unidades de ensino, pesquisa e extensão criadas na Unicamp. “Temos um perfil forte e consolidado em pesquisa básica, e, ao mesmo tempo, o número de pedidos de patentes tem aumentado ano a ano”, ressalta o professor Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira, diretor do IB.
“Acredito que a infraestrutura da Unicamp, por meio da Agência de Inovação, foi fundamental nesse movimento. A orientação da Inova, antes do depósito, estimula as pessoas, dá segurança e permite que o pesquisador se dedique à sua atividade-fim. Isso é importante porque muitas vezes o pesquisador abre mão de publicar artigos ou de apresentar os resultados em um congresso, por exemplo”, acrescenta.
“O IB é um ambiente heterogêneo, que estimula parcerias com outras áreas, fazendo a pesquisa avançar mais rápido no sentido de responder problemas práticos e importantes da sociedade”, enfatiza Wagner Fávaro, do Laboratório de Carcinogênese Urogenital e Imunoterapia.
Desafios
Na avaliação do docente Marcelo Menossi, do Laboratório de Genoma Funcional, um dos fatores que eleva o número de patentes do IB é o diálogo constante com a iniciativa privada. “Uma estratégia que adotei no laboratório é sempre conversar com as indústrias para entender quais são os seus desafios”, explica.
“A partir daí, pensamos em duas frentes. Primeiramente, esses desafios têm que suscitar pesquisa de alto nível e, em segundo lugar, pensamos sempre na possibilidade de transferir conhecimento da academia para o setor empresarial. São poucos os projetos que iniciamos aqui que não tenham algum tipo de aplicação no futuro”, diz o professor.
Patrocinaram esta edição do Prêmio Inventores a CCLPI, a Clarke Modet & Co, a Cervejaria Ambev, a FM2S, a Agricef, a Kasznar Leonardos Propriedade Intelectual e a Matera.
