Unicamp realiza encontro com ex-alunos 50 anos após início das aulas

Turma de ex-estudantes do curso de Ciência da Comunicação começou atividades na Universidade Estadual de Campinas em 1968

ter, 25/09/2018 - 17h32 | Do Portal do Governo

Meio século depois do início das aulas na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), uma turma do curso de Ciência da Computação voltou a se encontrar na cidade universitária. Naquela época, em 1968, a instituição de ensino tinha algumas centenas de matriculados. Atualmente, são quase 40 mil estudantes, entre a graduação e a pós-graduação.

Residente em Brasília há quarenta anos, Daniel Milanezi nunca mais tinha voltado à Unicamp e não reconheceu o local conhecido como Praça do Ciclo Básico. A grama chamou a atenção do egresso, bem como a observação dos outros detalhes. “Parece que eu olho assim e de repente me vejo andando por aí. Cadê aquele pessoal?”, indagou o ex-aluno à reportagem do Jornal da Unicamp.

No último sábado (22), às 9h, os integrantes da turma que puderam participar do encontro se abraçavam em frente ao Centro de Convenções da Unicamp. Planejado com a antecedência de alguns anos, o reencontro com os colegas de faculdade teve o apoio da universidade e de um reitor nascido naquele em 1968. Houve café da manhã, culto ecumênico e solenidade.

Anunciados pelo registro acadêmico, os dois organizadores, José Maurício Gonçalves Abreu e Frederico Atílio ocuparam as cadeiras ao lado da coordenadora-geral da universidade, Teresa Atvars, e do reitor da Unicamp, Marcelo Knobel. Dois troféus de campeonatos disputados na época foram entregues para a instituição de ensino. “Receber de vocês esse patrimônio é uma honra sem precedentes”, afirmou a coordenadora-geral.

Construção

O reitor Marcelo Knobel lembrou uma fala atribuída ao fundador da Unicamp, Zeferino Vaz. Ele dizia que uma boa universidade se faz com pessoas, pessoas e pessoas. “É isso o que a gente tem, pessoas construindo a universidade e o País”, salientou. Marcelo Knobel lembrou que a instituição é uma universidade consolidada, fundamental para o desenvolvimento brasileiros.

Frederico Atílio leu um texto que preparou ao contar a história de 1968. Ele detalhou como foi organizado o encontro, organizado há pelo menos vinte anos entre espetos na brasa e caipirinhas. “Entendemos que precisávamos de um encontro ‘para trabalhar’ no encontro de verdade”, revela ao Jornal da Unicamp.

Os ex-alunos pensaram nas repúblicas, em quem ocupava os alojamentos, entraram em contato com a universidade e aos poucos foram construindo aquele dia, em que todos estavam juntos novamente. “Na minha concepção, criamos uma família chamada Unicamp”, concluiu Frederico Atílio.