Último dia para entrar no Atelier Amarelo

Incrições podem ser feitas até as 17 horas

qua, 01/08/2007 - 13h12 | Do Portal do Governo

Agora falta pouco. Os artistas plásticos só têm até hoje para apresentar seu projeto e se candidatar à bolsa-residência oferecida pela Secretaria do Estado da Cultura, no Atelier Amarelo. Este ano o Atelier – projeto coordenado pela Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico (UPPM) da Secretaria – tem como tema “Cidade, Corpo Radial”. A curadoria, encabeçada por Maria Bonomi, inclui também nomes como João Spinelli e Cildo Oliveira.

Os artistas selecionados terão à sua disposição um espaço cedido pela Secretaria, num casarão antigo no número 23 da rua General Osório, aberto à visitação pública. São nove estúdios, com banheiros privativos, uma sala para administração, um salão para convivência coletiva, portaria, telefone comunitário e suporte técnico. Ali eles convivem durante cinco meses com outros artistas e com os curadores do projeto.

“Não damos aulas, mas discutimos o projeto das pessoas”, explica Cildo Oliveira. O bolsista já chega com assunto e técnica definidos para seu trabalho; mas, segundo Cildo, não é raro que o projeto, em contato com o ambiente criativo do Atelier, mude radicalmente.

Outro aspecto importante do programa é o diálogo com a cidade de São Paulo e especialmente com o bairro da Luz, onde está sediado. “Numa cidade grande, em geral se estabelece um diálogo entre o centro e a periferia, com troca de informações, conhecimento, história”, diz João Spinelli. Daí a importância de recuperar uma região central histórica como a Luz, para que esse diálogo não fique prejudicado. Em edições anteriores, houve um projeto que trabalhava com a identidade de moradores de rua; outro ainda que propunha o reflorestamento da praça em frente à atual Pinacoteca – antigo DOPS, Departamento de Ordem Política e Social – com plantas vermelhas, lembrando a trajetória dos presos políticos que passaram por ali.

Os participantes de edições anteriores do Atelier Amarelo fazem a maior propaganda do projeto. Para o pintor Henrique Oliveira, que esteve na edição de 2005, o Atelier propiciou um tempo diferente de produção, “mais lento que o das exposições, e um pouco mais acelerado do que o de um atelier próprio. Meu trabalho, ali, teve um ponto de inflexão muito importante”. Ele transformou seu estúdio no local numa instalação. O artista plástico Márcio Donasci, que foi selecionado para participar do projeto em 2006, e criou na residência o seu Outzider,  usou o entorno do bairro como matéria-prima de seu trabalho. “É uma região pesada, que te contamina, mais ou menos como no trabalho de Maria Bonomi, Infecção da Memória”, lembra ele. Donasci, que criou até comunidade no Orkut para divulgar o Atelier, diz que se possível participaria de novo do projeto. Mas a vez, agora, é de outros artistas…

Serviço  

As inscrições para o Atelier Amarelo vão até o dia 1º de agosto, e para participar é necessário apresentar um projeto à Secretaria (o edital está em www.cultura.sp.gov.br). Ao todo, serão selecionados nove projetos de artistas, sendo cinco do interior e os demais da capital.

Os interessados devem retirar as fichas de inscrição e o edital na Unidade de Preservação do Patrimônio Cultural dos Museus, setor de expedição, à Rua Mauá, 51, 2.º andar, sala 201, Luz, São Paulo, das 10h às 17h, de segunda a sexta-feira. O candidato também poderá se inscrever pelo correio, imprimindo o edital e as fichas de inscrição pelo site da Secretaria da Cultura: www.cultura.sp.gov.br. Cada artista poderá concorrer com apenas um projeto.

Da Secretaria da Cultura