Confira lugares que estimulam o acesso às pessoas com deficiência

Turismo Acessível: veja lista com espaços e projetos do Estado de São Paulo que incentivam a acessibilidade à cultura para toda a população

qui, 10/08/2017 - 8h35 | Do Portal do Governo

Você sabia que o Estado de São Paulo conta com Turismo Acessível? São locais preparados para receber pessoas com deficiência, resultado de uma preocupação extra do governo paulista em oferecer a todos os cidadãos o acesso com qualidade às produções artísticas desenvolvidas.

Além de se preocupar com a estrutura dos prédios, em relação à presença de rampas, elevadores e banheiros adaptados, atividades especiais são promovidas para permitir às pessoas com deficiência o acesso ao conteúdo das produções.

Espetáculos direcionados, visitas monitoradas e atividades educativas buscam atender às necessidades especiais dos visitantes. Entre as ações presentes nas atividades estão a tradução em libras, audiodescrição, legendagem, disponibilização de materiais e de livros em braile ou audiolivros, por exemplo.

Para identificar e sinalizar iniciativas que contenham recursos para possibilitar o acesso às pessoas com deficiência, foi criado o Selo da Acessibilidade Comunicacional.

Confira algumas atividades que promovem o acesso à pessoa com deficiência:

Praia Acessível

Coordenado pela Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude e Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com o apoio da Sabesp, o programa é dirigido à pessoas com dificuldade de locomoção, como idosos e cadeirantes, nas praias do litoral paulista.

Pelo projeto, os participantes participam de diversas modalidades de esporte adaptado. Tem vôlei sentado, surf adaptado, handbike, frescobol adaptado e piscina infantil.

E para quem tem dificuldades para tomar banho de mar, o Praia Acessível – Esporte para Todos oferece cadeiras especialmente desenvolvidas para andar na areia da praia e que podem entrar na água. No banho assistido, como é chamada a atividade, a pessoa é acompanhada o tempo todo por um monitor, garantindo a segurança do participante.

O programa mantém um site na Internet. Clique aqui para obter mais informações.

Parque do Capivari – Campos do Jordão

Um dos pontos turísticos mais procurados durante a temporada de inverno, o Parque teve sua estrutura reformada. Além do projeto de paisagismo implantado, que também incluiu itens de acessibilidade, as novidades incluem a revitalização da antiga estação da Estrada de Ferro.

Mantendo a identidade original, foram construídas uma rampa que dá acesso ao parque pela rua Diogo de Carvalho no centro de Capivari, e outra rampa de acesso para a antiga estação, que hoje, expõe obras de artistas plásticos regionais, como Ditinho Joana, Sidnei Costa, Ricardo Valise, Neila Cardoso, Marcela Oliver, Fátima Gomes, Christina Lehrman Cesar e Andreia Rodrigues.

Estância Turística de Socorro

A cidade de Socorro, estância hidromineral localizada a 134 km de São Paulo, integra o circuito das águas paulista. A cidade é referência em turismo de aventura no Estado. Dos cerca de 400 mil turistas que visitam Socorro anualmente, aproximadamente 10% são pessoas com deficiência.

Os investimentos na cidade incluem transporte e equipamentos adaptados, além de treinamento de profissionais para atender pessoas com deficiência. Cada público é atendido de acordo com suas necessidades. Além disso, os pontos turísticos do centro histórico são interligados por um piso tátil e os semáforos foram adaptados com recursos sonoros, para atender a pessoas com deficiência visual.

Pinacoteca

O Programa Educativo para Públicos Especiais (PEPE) promove o acesso a grupos de pessoas com deficiências sensoriais, físicas, intelectuais e transtornos mentais à Pinacoteca, por meio de abordagens e recursos multissensoriais. As visitas são realizadas por educadores especializados, inclusive em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais).

O PEPE também realiza cursos de formação para profissionais interessados em usar a arte e o patrimônio como recursos inclusivos e desenvolve publicações para o público deficiente visual e auditivo. Para garantir a autonomia de visitação ao público com deficiência visual, foi desenvolvida a Galeria Tátil de Esculturas Brasileiras e um vídeo-guia para o público surdo.

Para mais informações sobre este programa, contate (11) 3324-0945 ou o e-mail educaespecial@pinacoteca.org.br.

Estação Pinacoteca

A Estação Pinacoteca possui visitas educativas a grupos agendados, com educadores especialistas no atendimento de pessoas com deficiência. Basta agendar por telefone. Essa visita acontece no espaço expositivo da Exposição Arte no Brasil: uma história do modernismo na Pinacoteca de São Paulo.

A Estação ainda possui maquete tátil para investigação da arquitetura do prédio em que está localizada; material de apoio multissensorial de compreensão e análise das pinturas (maquetes táteis, pranchas em alto relevo e autocontraste). O equipamento facilita a compreensão das pinturas a pessoas com deficiência visual, baixa visão e deficiência intelectual. O agendamento é feito pelo telefone (11) 3324-0944 ou 3324-0943.

Museu Catavento

O Catavento Cultural e Educacional, museu de Ciência e Tecnologia, oferece o roteiro Catavento Acessível, com visitas guiadas dirigidas a pessoas com deficiência física, visual ou intelectual. O conteúdo abordado é adaptado a cada tipo de necessidade, sempre com ênfase na associação do teor científico das instalações do Catavento com o dia a dia do visitante. O roteiro é desenvolvido de forma lúdica e pautado por exemplos práticos, explorando o lado sensorial para estimular a interatividade do grupo com as atividades propostas.

O passeio está disponível de terça a sexta-feira, para grupos agendados. A capacidade diária de atendimento é de 160 pessoas. Basta preencher o formulário de solicitação no site www.cataventocultural.org.br.

Museu Afro Brasil

O Museu Afro Brasil possui um programa de acessibilidade chamado Singular Plural. Ele atende pessoas com deficiência intelectual, surdos, pessoas com baixa visão e cegos, com transtornos mentais, comprometimentos neuromotores e pessoas com deficiências múltiplas.

Às terças e quintas ainda são realizadas visitas agendadas em LIBRAS (Língua Brasileira de  Sinais), feitas por um educador do museu que possui deficiência auditiva e organiza projetos voltados a surdos. Também está disponível ao público um audiolivro sobre o Acervo do Museu.

O Museu também lançou um aplicativo para dispositivos móveis (IOS e Android, em português e inglês), com ferramenta de audioguia para acesso a conteúdos exclusivos via QRCode. Ele oferece informações referentes aos Núcleos do Acervo, bem como conteúdo exclusivo de exposições temporárias.

O Museu Afro Brasil ainda dispõe de uma seleção de obras originais e reproduções de obras liberadas ao toque, maquetes tridimensionais com legendas em dupla leitura (tinta e Braille), reproduções em relevo de obras de arte e jogos educativos e áudio livro.

Museu da Diversidade

Localizado dentro da Estação República do Metrô, tem acessibilidade para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Dentro do Museu há rampas para cadeirantes. O projeto expográfico também garante aos deficientes físicos acesso a todas as obras da exposição.

O equipamento possui vídeo-guia da exposição em cartaz e todas as obras possuem legendas reproduzidas em Braille. Os educadores do Museu também participam de treinamentos e cursos capacitadores para atuar junto a pessoas com deficiência.

Museu do Café

O Museu do Café, em Santos, acolhe os portadores de deficiência por meio de programas especiais que acontecem sob agendamento. As atividades oferecem desde visita monitorada especial até a realização de atividades específicas em que o grupo pode ter um contato ainda mais próximo com o café, a partir de estímulos e dinâmicas que atingem os sentidos e a percepção sensorial, algo que o café permite explorar por suas características e sua química. A arte e a história também são apresentadas por meio de atividades específicas, que exploram o conhecimento patrimonial do café e do Edifício da Bolsa Oficial de Café.

O espaço ainda desenvolve ações específicas ao público com deficiência. O Café com Arte ensina a técnica de construção de vitrais; em Cafés Especiais,  os sentidos do olfato e paladar são trabalhados; e as Dinâmicas Especiais com Acervo Pedagógico e Educativo expõem noções de educação patrimonial por meio da apresentação e manuseio de objetos que compõem o acervo do museu.

Todas as atividades são executadas de forma adaptada ao grupo visitante. O público das atividades especiais é formado por deficientes físicos, cognitivos e intelectuais. Os contatos para agendamento e informações são o e-mail educativo@museudocafe.org.br e o telefone (13) 3213-1756.

Museu de Arte Sacra

A Ação Educativa do Museu de Arte Sacra desenvolve o Programa de Acessibilidade com visitas mediadas, contação de histórias com roteiro que privilegia a audiodescrição e tradução simultânea em Libras, além de cursos para professores e oficinas que tratam desta temática. Paralelamente a esse trabalho, os educadores desenvolvem uma série de materiais de apoio que possibilita a fruição do acervo e das exposições temporárias.

Museu do Futebol

O Museu do Futebol foi planejado para ser acessível desde sua concepção, com salas e conteúdos pensados e reanalisados constantemente. Estão disponíveis audioguia para pessoas cegas e/ou com baixa visão; audioguia em português, inglês e espanhol; piso tátil em todo o percurso; maquetes e materiais táteis sobre o estádio e o conteúdo das salas no percurso do piso tátil. Os funcionários e educadores do Museu também são preparados para atender públicos diversos, entre eles, pessoas com deficiência.

Museu Casa de Portinari

O Museu Casa de Portinari, na cidade de Brodowski, possui rampas adaptáveis, oferece cadeiras, bengalas, andadores e bancos para descanso. Há também um banheiro adaptado. Disponibiliza visita monitorada, textos informativos em tinta e braile; audioguia e DVD em Libras; maquete tátil com a arquitetura do Museu; réplicas táteis de obras bi e tridimensionais; réplicas táteis de móveis e ambientes; jogos, quebra-cabeças e detalhes de obras. O público surdo tem também a oportunidade de saber mais sobre os detalhes da Capela da Nonna por meio do QR Code, com o auxilio de seu próprio celular, ou pelo tablet que a instituição disponibiliza para os usuários.

O espaço ainda realiza oficinas específicas para o público da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Todos os anos o Museu Participa da Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reatech). No site, há vídeo acessível na Língua Brasileira de Sinais (Libras), além do Hand Talk uma ferramenta que traduz simultaneamente o conteúdo dos textos para Libras.

Museu Índia Vanuíre

O Museu Índia Vanuíre, na cidade de Tupã, é totalmente adaptado para pessoas com deficiência. A parte externa do prédio possui rampas de acesso e a área interna possui banheiro adaptado. Oferece cadeiras de rodas e bancos para descanso. Além da visita orientada, são disponibilizados áudios descritivos para o público cego, vídeos com janelas close caption para surdos, vídeos legendados, estes sendo disponibilizados no módulo Aldeia Vanuíre, das etnias Kaingang e Krenak. São oferecidos ainda objetos indígenas para serem tocados pelo público cego ou com deficiência intelectual, entre eles manequins táteis e as maquetes tridimensionais. Além de itens do acervo em relevo e miniatura. No site, está disponibilizado o aumento da fonte para pessoa de baixa visão, além do Hand Talk uma ferramenta que traduz simultaneamente o conteúdo dos textos para Libras.

Toda última sexta-feira do mês, por meio do Projeto o Olhar é o Sentir Pelas Mãos, é realizado um encontro com duração de três horas em que são realizadas oficinas temáticas com público cego. Às quartas-feiras são realizados encontros com atividades lúdicas, reflexivas e temáticas para o público com deficiência mental. Todos os ano o Museu participa da Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reatech).

Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro

O Museu Felícia Leirner e o Auditório Claudio Santoro, em Campos do Jordão, possuem corrimãos na escada para acesso ao Auditório e um elevador na parte interna para a plateia. O Museu conta com vagas de veículos destinadas a esse público. No site, está disponibilizado o aumento da fonte para pessoa de baixa visão, além do Hand Talk, uma ferramenta que traduz simultaneamente o conteúdo dos textos para Libras.

Museu da Imagem e do Som – MIS

Além da acessibilidade física – como rampas de acesso, elevadores, piso tátil e banheiros adaptados – o MIS também oferece guias-videntes, audiodescritores e visitas direcionadas a esse público. O Núcleo Educativo do Museu conta com profissionais capacitados a realizar audiodescrição, e visitas para público de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

Biblioteca São Paulo

A programação da Biblioteca de São Paulo permite acolher e integrar crianças e adultos com deficiência intelectual ou física, por meio de brincadeiras e jogos, adaptando os recursos para esse público tão especial. Os programas permanentes como Clube de Leitura e Jogos Sensoriais (brincadeiras que estimulam a habilidade sensorial e a memória), são exemplos de atividades que permitem a inclusão de pessoas com deficiência.

No acervo são disponibilizados cerca de 1.155 de audiolivros e 188 exemplares em braille. Estão à disposição, também, dois ampliadores de caracteres destinados às pessoas com baixa visão, além de lupas eletrônicas, folheador eletrônico, leitores digitais, display braille/leitor tátil, teclado para computador, linha Braille, impressoras BrailleTermofusora e mouse óptico. A BSP tem ainda scanners capazes de “transformar” livros escritos em arquivos de áudio o que permite que o visitante leve o audiolivro para casa – basta ter em mãos algum tipo de mídia para armazenar o arquivo como MP3, pen drive, CD ou DVD.

São Paulo Companhia de Dança

Desde 2013, a São Paulo Companhia de Dança utiliza o recurso de audiodescrição – modo que transmite ao público cego, por meio de fones de ouvido, informações sobre cenário, figurino e, principalmente, os movimentos dos bailarinos – em suas apresentações por espaços públicos do interior e da capital de São Paulo. Neste ano, com o objetivo de viabilizar a implantação de mais recursos de acessibilidade comunicacional, a SPCD, promove e amplia o programa. A tecnologia avançada do aplicativo Whatscine transmite para smartphones e tablets os recursos de audiodescrição, interpretação em LIBRAS e subtitulação, permitindo às pessoas com deficiência entrar em contato com a experiência da dança.