Desde o início do mês, os bilhetes múltiplos válidos para 10 viagens não são mais comercializados no Metrô, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Corredor Metropolitano de Trólebus São Mateus/Jabaquara, operado pela concessionária Metra (Sistema Metropolitano de Transportes). Os bilhetes adquiridos anteriormente podem ser utilizados até o final dos créditos. A medida acaba com a possibilidade de utilização desse bilhete em fraudes ocasionadas principalmente por clonagem. A CPTM é a maior vítima desse tipo de ocorrência. Neste ano, foram registrados 84 casos, que comprometeram 86 pessoas e a retenção de 2 mil tíquetes irregulares. Em 2005, foram 387 episódios, 488 pessoas flagradas e 63.446 bilhetes retidos.
A decisão de extinguir o múltiplo de 10 viagens foi motivada também pela queda de procura pelos usuários, enquanto a demanda pelo bilhete único integrado (permite quatro viagens: três em ônibus e uma no sistema metroferroviário no período de duas horas) está aumentando. A vantagem dessa opção é que o passageiro paga tarifa de R$ 3 e economiza R$ 1,10 a cada viagem. No Corredor Metropolitano de Trólebus São Mateus – Jabaquara será mantido o bilhete válido para duas viagens (múltiplo de 2), ao custo de R$ 4, além do unitário, que custa R$ 2,10. O múltiplo de 2 não é comercializado no Metrô nem na CPTM.
Procura pelo tíquete caiu nos últimos meses
Criado no Metrô e parte na CPTM em 1976, o múltiplo de 10 chegou a representar quase 50% dos bilhetes utilizados nos dois sistemas. No mês passado, a procura foi de 13% do total de bilhetes comercializados no Metrô. Na CPTM, de acordo com dados de abril, o porcentual foi de 17,4% de utilização. Em maio, no Corredor São Mateus – Jabaquara, 67 mil passageiros usaram o bilhete múltiplo de 10; outros 470 mil, o múltiplo de 2 e 470 mil adquiriram o unitário. O bilhete único integrado é aceito em todas as linhas do Metrô: A, B, C, D e estação Brás da CPTM, além das linhas municipais da capital.
Desde janeiro, o vale-transporte foi incorporado ao bilhete único integrado eletrônico. Apenas em abril, no Metrô, o bilhete único respondeu por 5,9 milhões de passageiros pagantes (16% do total). Em maio, chegou a 10 milhões (30% do total). A expectativa é que, a curto prazo, represente 50% dos usuários pagantes. Crescimento semelhante se verifica nas linhas da CPTM que já tem os validadores. Apenas na Linha C, a companhia registrou acréscimo de 20% de pagantes com bilhete único.
Da Agência Imprensa Oficial
