Testes de hepatite C são realizados pelo Hospital das Clínicas da Unicamp

Exames rápidos para a detecção do vírus causador da doença fizeram parte de uma ação promovida no mês de julho

qua, 15/08/2018 - 17h29 | Do Portal do Governo

Para incentivar a prevenção a doenças, o Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) participou, no mês passado, do Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. É importante frisar que a ação foi planejada pelo Grupo de Estudos em Hepatites Virais da disciplina de infectologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.

Testes rápidos para a detecção do vírus da hepatite C foram realizados por equipes instaladas na rampa de acesso ao hospital, data instituída em 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A iniciativa foi promovida em 26 de julho, idealizada para o mês de conscientização das hepatites virais. Ação conjunta ocorreu pela parceria entre a área de Hepatologia da disciplina de Gastroenterologia da FCM, a Faculdade de Enfermagem e o Departamento de DST/Aids da Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Campinas, em função do Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, celebrado no último dia 28.

O termo hepatite significa uma inflamação do fígado. O vírus pode ainda comprometer os rins e causar insuficiência renal, ou mesmo o pâncreas, resultando em diabetes e doença gordurosa do fígado. Além disso, o grupo de estudos tem uma parceria com o Ambulatório de Endocrinologia, na área de diabetes, para a realização dos testes rápidos em pacientes diabéticos atendidos na Unicamp.

Atendimentos

Vale destacar que foram atendidos cidadãos acima de 40 anos, diabéticos, quem recebeu transfusão de sangue ou foi submetido a uma cirurgia antes de 1993, além de pessoas que fizeram piercing ou tatuagem em locais não seguros em relação à esterilização do material, considerados com maior risco para a doença. Também englobam atitudes de risco compartilhar escovas de dente, lâminas de barbear e alicates de cutícula, entre outras.

Morador de Campinas, o cozinheiro aposentado Vandinalvo Pereira dos Santos não perdeu a oportunidade de fazer o teste rápido. “Qualquer pessoa pode ter a doença, mas ficar sem saber é pior. Temos que saber o que se passa conosco. Sobre saúde, temos que estar sempre por dentro”, explica.

Vale destacar que, com o diagnóstico precoce, é possível evitar as consequências que ocorrem quando a enfermidade se desenvolve. “A hepatite C é silenciosa. Só aparecem sintomas quando a doença já está avançada e evolui para uma cirrose ou doença no fígado. Atualmente, a hepatite C é a principal causa de indicação de transplante de fígado, junto com o câncer”, destaca a médica infectologista Raquel Silveira Bello Stucchi, uma das organizadoras da ação.

De acordo com a professora da Unicamp, a intenção é estimular o diagnóstico precoce. “O tratamento hoje é oferecido pelo Sistema Único de Saúde, o SUS, para todos que têm o vírus, não importa se em situação mais ou menos grave”, destaca a médica. Ela ressalta que a pessoa tomará comprimidos e que o tempo de tratamento varia entre três e seis meses, com 90% de chance de cura.