Os donos de televisores antigos que não pretendem usar os equipamentos podem realizar o descarte adequado até o próximo sábado (8) em Escolas Técnicas Estaduais da Grande São Paulo. Após o desligamento do sinal analógico de TV na capital paulista e em 38 municípios da região metropolitana, vários aparelhos ficaram obsoletos sem a instalação de conversor e antena digital.
Para auxiliar no encaminhamento dos produtos, as Etecs participam de uma campanha para receber e destinar corretamente o material. A ação termina neste fim de semana e conta com o apoio de 13 unidades do Centro Paula Souza.
Conscientização
Mais do que recolher itens que podem resultar em dano ambiental, a iniciativa também conscientiza a população sobre os problemas do descarte errado e como o procedimento envolve diversos setores da sociedade. O projeto foi idealizado a partir da parceria entre a Seja Digital (entidade que organizou o processo a migração do sinal analógico para digital da televisão aberta no Brasil) e a Associação Brasileira de Reciclagem e Inovação. Profissionais da Escola Politécnica da USP também integram a campanha.
O Brasil é o maior produtor de lixo eletrônico da América Latina, responsável por 36% do descarte de aparelhos como celulares e computadores na região. Em 2014, o País gerou 1,4 milhão de toneladas de resíduos, de acordo com relatório da Organização das Nações Unidas. As TVs de tubo, por exemplo, possuem até quatro quilos de chumbo, substância que, em quantidades elevadas, pode causar prejuízos ao meio ambiente.
O Centro Paula Souza é um órgão do Governo do Estado, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. A instituição administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas, que funcionam com um ou mais cursos, sob a supervisão de uma Etec, em mais de 300 municípios.