SP economiza R$ 60 milhões com otimização do gasto público

Economia foi possível com a redução de 4,2 mil cargos em comissão e medidas adotadas para otimizar o gasto da máquina administrativa do Estado

sex, 24/08/2007 - 20h15 | Do Portal do Governo

O governo de São Paulo deixou de gastar R$ 60 milhões somente com a redução de 4,2 mil cargos em comissão e medidas adotadas para otimizar o gasto da máquina administrativa do Estado. Os valores foram apresentados na noite desta sexta-feira, 24, pelo governador José Serra no encerramento do 3º Congresso Internacional de Derivativos e Mercado Financeiro da BM&F, em Campos do Jordão, no Vale do Paraíba.

Serra fez um balanço dos primeiros seis meses a frente do governo paulista. Na ocasião, aproveitou para lembrar de cinco princípios que norteiam a administração estadual: qualidade do gasto público, gestão com resultados, redução da carga tributária, parceria com o setor privado e o planejamento das ações.

O governador paulista lembrou que na contramão da política de resultados praticada em São Paulo, o governo federal tem elevado os gastos públicos, sobretudo com o pagamento de salários. “É um gasto de má qualidade a curto prazo e de péssima qualidade a médio e longo prazo. Esse é um desafio fundamental e poderá ser uma herança pesada do atual governo para o futuro”, lamentou Serra.

Em seguida, Serra destacou medidas adotadas pelo governo estadual para elevar a eficiência dos serviços prestados ao contribuinte. Como exemplo, lembrou da profissionalização dos cargos em empresas do Estado como Cesp (Companhia Energética de São Paulo), Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Banco Nossa Caixa, além do Metrô e CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). “Não há loteamento político na administração pública de São Paulo. Não há chefias com indicações”, frisou. “Isso tem um significado imenso a respeito da qualidade da administração”, completou o governador.

Outro ponto comentado pelo governador foi relativo a parceria com Organizações Sociais (OS) na área da saúde. Serra citou números como o que indicou a redução de 10% nos custos e um aumento de 25% no rendimento dos hospitais estaduais administrados pelas OS. 

A implantação de um sistema de avaliação para valorizar o trabalho de diretores, professores, coordenadores e funcionários da rede estadual de ensino também foi lembrada pelo governador Serra. Ele explicou que a  avaliação levará em conta as taxas de aprovação, reprovação de cada escola, dados de avaliações externas e indicadores que comprovadamente afetam a qualidade do aprendizado, como a assiduidade dos professores e estabilidade da equipe na escola.

“Queremos atrelar uma parte das remunerações a produtividade”, afirmou Serra, acrescentando que somente na Educação são 240 mil servidores e um orçamento que passa dos R$ 8,5 bilhões.

Congresso

A 3ª edição do Congresso de Derivativos e Mercado Financeiro da BM&F que terminou nesta sexta-feira reuniu cerca de 900 profissionais do mercado financeiro. Eles discutiram as variantes dos Mercados derivativos – aqueles cujas cotações/preços dependem de um outro mercado básico.  O evento é promovido pela BM&F a única operadora de derivativos no Brasil e está entre as dez maiores do mundo.

O Congresso deste ano, contou com a participação de palestrantes nacionais e internacionais especialistas na temática geral dos derivativos.  Já na abertura, participaram como palestrantes Rodrigo de Rato – diretor Gerente do FMI e de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central.

Um dos objetivos do Congresso é fomentar discussões sobre os mercados de derivativos e financeiros globais, inserindo o Brasil num roteiro que até recentemente limitava-se aos EUA (Congressos da FIA e de Chicago) e Europa (Burgenstock).

Cleber Mata

(R.A.)