Atualizada às 14h50
O governador José Serra e o secretário da Habitação Lair Krähenbühl entregaram nesta segunda-feira, 30, 238 apartamentos da CDHU na Mooca, zona leste da capital. No local, onde funcionava o antigo Cine Imperial, foram erguidos três modernos edifícios com apartamentos que serão entregues a famílias que dividiam cômodos em outros cortiços do bairro.
O Cine Imperial foi inaugurado em 1948 e encerrou suas atividades na década de 1970. Desde então, as instalações do prédio passaram anos sendo ocupadas como moradias, transformando-se em um dos cortiços mais emblemáticos da cidade, dada sua dimensão, insalubridade e deterioração.
Por meio de desapropriação, a CDHU adquiriu o imóvel. As 115 famílias que ali residiam foram atendidas com novas moradias da CDHU, cartas de crédito ou ajuda de custo. A companhia demoliu o antigo cortiço e construiu um empreendimento com 238 apartamentos. Além de mudar a paisagem do bairro, a obra está realizando o sonho da casa própria para famílias da região, muitas delas que, inclusive, em algum momento da vida já haviam morado no próprio cinema encortiçado. “Além disso, também recuperamos o bairro. Tem também a recuperação urbana, que ajuda a cidade nesse sentido”, afirmou o governador José Serra.
O condomínio da CDHU tem 160 apartamentos com um dormitório e 34,19 m² de área construída e 78 unidades com dois dormitórios e 44,41 m², além de sala, cozinha, banheiro e área de serviço. Todos serão entregues com revestimento cerâmico no piso de todos os cômodos e azulejos na cozinha e banheiro. O condomínio tem salão de festas, quadra poliesportiva, jardins, garagens e uma grande área livre. Ao todo, a CDHU investiu R$ 14,7 milhões no empreendimento.
O valor de financiamento é subsidiado para que os mutuários possam arcar com as prestações. Os moradores de imóveis com um dormitórios pagarão parcelas mensais de R$ 150,00. Já as prestações dos apartamentos com dois dormitórios são de R$ 209,25. “Este é um programa inclusivo que tem financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Até o final do ano que vem, vão ser 110 mil novas moradias em São Paulo”, anunciou Serra.
A Mooca é um dos setores de intervenção do Programa de Atuação em Cortiços da CDHU, ao lado de outros bairros próximos ao centro de São Paulo. A oferta habitacional nessa região da cidade, que já dispõe de saneamento, equipamentos urbanos e infra-estrutura, contribui com a revitalização de toda a área central. “Isso integra todo o programa de transformação que estamos fazendo. É um trabalho difícil administrativamente, mas que está avançando”, declarou Serra. Para erradicar os cortiços, a companhia atende as famílias com novas moradias ou cartas de crédito, e indica os imóveis à prefeitura, que faz vistoria e, de acordo com o estado de salubridade, os interdita ou notifica os proprietários para que melhorem as condições de habitabilidade.
Atuação em Cortiços
O Programa Atuação em Cortiços atende famílias de baixa renda que residem em cortiços e tem como objetivo revitalizar áreas centrais das cidades de São Paulo e Santos. São três frentes de atuação: reforma de moradias existentes, construção de novas unidades ou compra de imóveis disponíveis no mercado por meio de cartas de crédito. Desde 2007, o programa entregou 460 moradias. Outras 808 unidades estão em construção, num investimento de R$ 31,6 milhões.
Da CDHU