Serra entrega 238 apartamentos da CDHU na Mooca

Empreendimento revitalizou área onde funcionou cinema na década de 70, que se transformou em um dos cortiços mais insalubres da cidade

seg, 30/11/2009 - 14h07 | Do Portal do Governo

Atualizada às 14h50

O governador José Serra e o secretário da Habitação Lair Krähenbühl entregaram nesta segunda-feira, 30, 238 apartamentos da CDHU na Mooca, zona leste da capital. No local, onde funcionava o antigo Cine Imperial, foram erguidos três modernos edifícios com apartamentos que serão entregues a famílias que dividiam cômodos em outros cortiços do bairro.

O Cine Imperial foi inaugurado em 1948 e encerrou suas atividades na década de 1970. Desde então, as instalações do prédio passaram anos sendo ocupadas como moradias, transformando-se em um dos cortiços mais emblemáticos da cidade, dada sua dimensão, insalubridade e deterioração.

Por meio de desapropriação, a CDHU adquiriu o imóvel. As 115 famílias que ali residiam foram atendidas com novas moradias da CDHU, cartas de crédito ou ajuda de custo. A companhia demoliu o antigo cortiço e construiu um empreendimento com 238 apartamentos. Além de mudar a paisagem do bairro, a obra está realizando o sonho da casa própria para famílias da região, muitas delas que, inclusive, em algum momento da vida já haviam morado no próprio cinema encortiçado. “Além disso, também recuperamos o bairro. Tem também a recuperação urbana, que ajuda a cidade nesse sentido”, afirmou o governador José Serra.

O condomínio da CDHU tem 160 apartamentos com um dormitório e 34,19 m² de área construída e 78 unidades com dois dormitórios e 44,41 m², além de sala, cozinha, banheiro e área de serviço. Todos serão entregues com revestimento cerâmico no piso de todos os cômodos e azulejos na cozinha e banheiro. O condomínio tem salão de festas, quadra poliesportiva, jardins, garagens e uma grande área livre. Ao todo, a CDHU investiu R$ 14,7 milhões no empreendimento.

O valor de financiamento é subsidiado para que os mutuários possam arcar com as prestações. Os moradores de imóveis com um dormitórios pagarão parcelas mensais de R$ 150,00. Já as prestações dos apartamentos com dois dormitórios são de R$ 209,25. “Este é um programa inclusivo que tem financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Até o final do ano que vem, vão ser 110 mil novas moradias em São Paulo”, anunciou Serra.

A Mooca é um dos setores de intervenção do Programa de Atuação em Cortiços da CDHU, ao lado de outros bairros próximos ao centro de São Paulo. A oferta habitacional nessa região da cidade, que já dispõe de saneamento, equipamentos urbanos e infra-estrutura, contribui com a revitalização de toda a área central. “Isso integra todo o programa de transformação que estamos fazendo. É um trabalho difícil administrativamente, mas que está avançando”, declarou Serra. Para erradicar os cortiços, a companhia atende as famílias com novas moradias ou cartas de crédito, e indica os imóveis à prefeitura, que faz vistoria e, de acordo com o estado de salubridade, os interdita ou notifica os proprietários para que melhorem as condições de habitabilidade.

Atuação em Cortiços

O Programa Atuação em Cortiços atende famílias de baixa renda que residem em cortiços e tem como objetivo revitalizar áreas centrais das cidades de São Paulo e Santos. São três frentes de atuação: reforma de moradias existentes, construção de novas unidades ou compra de imóveis disponíveis no mercado por meio de cartas de crédito. Desde 2007, o programa entregou 460 moradias. Outras 808 unidades estão em construção, num investimento de R$ 31,6 milhões.

Da CDHU