Secretaria do Meio Ambiente monitora as ações emergenciais de recolhimento do óleo vazado no condomí

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qui, 31/05/2001 - 19h30 | Do Portal do Governo

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente, por meio da Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, continua monitorando as ações emergenciais no condomínio Tamboré I, em Barueri, devido ao rompimento, na quarta-feira (30), do oleoduto da Petrobras que passa pelo condomínio residencial. Hoje (31) pela manhã, os técnicos da agência ambiental paulista realizaram um sobrevôo confirmando, entre outros, que as barreiras de contenção colocadas no Rio Tietê foram suficientes para conter a pequena quantidade de óleo que atingiram suas águas.

Novas frentes de trabalho foram estabelecidas, envolvendo aplicação de material absorvente no morro onde está localizado o duto avariado, devendo todo o solo contaminado ser removido. Mais de 16 caminhões vácuos estão realizando o recolhimento do óleo. Foram utilizadas centenas de metros de barreiras absorventes e barreiras de contenção. Estima-se que mais de 600 trabalhadores estão atuando nessas operações, tanto da Petrobras quanto de empresas contratadas.

Ainda nas primeiras horas desta quinta-feira foram iniciados os trabalhos de troca do trecho avariado da tubulação da Petrobras pois há urgência em retirar o produto da linha devido à possibilidade dele se solidificar e comprometer o sistema de duto – este produto é bombeado à temperatura de 60°C.

Ainda nesta quinta-feira, a Petrobras deve providenciar a remoção de todo o solo (dos jardins) das residências atingidas, além do jateamento (com água) do que atingiu as galerias de águas pluviais e recolher o óleo nas ruas e, também, o solo das margens do córrego afluente do rio Tietê. Nova estimativa, segundo a própria empresa, dá conta de que a quantidade de óleo combustível vazada – inicialmente calculada em cerca de 30 mil litros – seria de pelo menos 200 mil litros. No entanto, os técnicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente ainda estão procedendo às análises para uma informação mais precisa. Constatou-se que o furo (rasgo) no duto da Petrobras que provocou o vazamento tem 38 centímetros de extensão por 7 centímetros de largura. Verificou-se indícios de problemas de corrosão que podem ter sido a causa do rompimento do duto, que levava o óleo combustível de Barueri para a Replan, em Paulínia.

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente continua analisando os danos e possíveis causas do acidente para estabelecer as penalidades a serem aplicadas à Petrobras. O secretário estadual do Meio Ambiente, Ricardo Trípoli, vai solicitar à Direção dessa empresa que proceda a uma vistoria geral em todos os seus dutos que passam em áreas urbanas e de preservação ambiental, para evitar que novos episódios de vazamento semelhantes se repitam.