São Paulo sedia Conselho Nacional de Comandantes das PMS e dos Bombeiros

Objetivo foi buscar aperfeiçoamento na atuação diária e projetar atuação da instituição em grandes eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas

qua, 10/02/2010 - 10h00 | Do Portal do Governo

A capital paulista sediou no início desta semana, 8 e 9, o Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares. O objetivo desse encontro foi buscar o aperfeiçoamento na atuação diária das polícias e projetar a atuação da instituição em eventos de repercussão mundial que acontecerão no País nos próximos anos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

O fórum de discussão nacional, realizado três ou quatro vezes por ano, contou com a presença de 50 comandantes das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros de todos os Estados brasileiros. “É um dos encontros mais expressivos do País, pois daqui saem políticas que terão consequências para toda a população”, disse o secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, que também esteve presente.

“Neste encontro em São Paulo, foram discutidas formas de melhorar as gestões das polícias”, destacou o comandante geral da Polícia Militar paulista, coronel Álvaro Batista Camilo, que completou: “Foram trocadas experiências do que há de melhor em cada Estado, inclusive com uma possível elaboração de um convênio nas áreas de tecnologia e conhecimento, para que as polícias brasileiras se desenvolvam de forma homogênea”.

O presidente do Conselho e coronel da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, José Carlos Trindade Lopes, aprovou a realização do encontro na Capital paulista. “São Paulo para nós é uma referência. Pelo significado, tamanho, cultura, própria história e resultados alcançados, São Paulo serve de modelo para nós. E aqui é o lugar onde todos os Estados vêm buscar manuais, doutrinas, fixação de comportamento e atitudes de policiais”, afirmou.

Preparação para grandes eventos

Na pauta das reuniões também foi discutida a  representação das Polícias Militares perante os poderes executivos e legislativos. Estão em discussão medidas como a Bolsa Formação, Bolsa Copa e Bolsa Olimpíada, além dos preparativos para a Copa e algumas ações do Governo Federal. “Pode parecer no primeiro momento uma solução interessante, mas nós, como policiais, gostaríamos que isso fosse estendido para toda a polícia, e não só para as sedes. Podemos ter jogos na Capital, mas teremos pessoas hospedadas em Campinas, Valinhos e Vinhedo. Assim, todos trabalharão pela Copa”, afirmou o coronel paulista Camilo.

De acordo com o comandante da PM de São Paulo, algumas medidas já estão em andamento no Estado. “A polícia paulista montou uma equipe interna só para cuidar da Copa do Mundo de 2014. A Academia de Polícia Militar conta com estudos obrigatórios de idiomas. Os alunos escolhem entre três e quatro idiomas, sendo que, ao se formar, o policial deve ter fluência em dois deles”.

A comunicação social também foi debatida. Os comandantes querem promover uma maior aproximação das corporações com a sociedade. “A polícia sendo conhecida, a população vai confiar. Confiando, vai passar informações. Com a informação, a polícia trabalha com mais inteligência e previne mais crimes”, lembra Camilo.

Visita a Israel

O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, junto com membros da Polícia Militar, visitou Israel, no começo deste ano, para conhecer as tecnologias e o treinamento ministrado para combater o terrorismo em eventos de grande porte.

Segundo o secretário Balestreri, a polícia brasileira deve estar atenta para possíveis conflitos que possam surgir durante os eventos internacionais. “O nosso País não tem terrorismo, mas quando importamos um evento de países de culturas e religiões distintas, devemos estar preparados para isso, mesmo não sendo a nossa realidade”.

As tecnologias utilizadas em Israel como, por exemplo, equipamentos capazes de identificar pessoas atrás de paredes, aeronaves não-tripuladas com câmeras acopladas e equipamentos que detectam um nadador a cinco quilômetros, serão analisadas. Camilo ressalta que a polícia paulista não está muito longe de Israel em termos tecnológicos. “Um exemplo disso é o nosso sistema de monitoramento de câmeras”.

Ações conjuntas

O comandante paulista ressalta ainda que atualmente existe uma integração entre as polícias de todos os Estados brasileiros, e que são realizadas operações conjuntas e constantes trocas de informações. “Já tivemos atuações conjuntas que resultaram em prisões feitas pela polícia de São Paulo de acusados por algum delito cometido em outros Estados; e vice-versa”, afirmou.

Da Secretaria da Segurança Pública