Sabesp utiliza pela 1ª vez material reciclado de entulho em obra de adutora

Iniciativa colabora com o trabalho socioambiental da empresa, além de reduzir em 50% os custos

qui, 03/02/2011 - 12h00 | Do Portal do Governo

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) avaliou a utilização de agregados obtidos da reciclagem de resíduos de construção civil para fechamento de valas das obras da adutora Mutinga-Vila Iracema – que vai melhorar o abastecimento na região Oeste da Grande São Paulo. O material utilizado veio da Usina de Reciclagem de Entulho de Osasco (Ureosasco).

“Além da redução 50% nos custos, o teste poderá levar a Sabesp a utilizar o material reciclado em maior escala, em especial em base para pavimentação, reduzindo os impactos ambientais em relação à extração de minérios, como a areia e brita”, explica Marcelo Morgado, assessor de Meio Ambiente da presidência da Sabesp.

A iniciativa visa ainda à inovação nas técnicas aplicadas nas obras e colabora com o trabalho socioambiental da empresa, já que a reciclagem destes resíduos contribui com a ampliação da vida útil dos aterros.

Nos trabalhos foram utilizados 212 m³ de agregados leves de construção civil, com granulometria (distribuição de tamanho dos grãos). Os materiais usados foram originados de resíduos de concreto moído, peneirado e separado.

Em abril de 2010, após visita às instalações da Ureosasco, a Superintendência de Manutenção Estratégica (MM) da Sabesp enviou uma remessa de resíduos de obras da companhia para serem reciclados pela usina. A MM, setor da empresa de saneamento responsável pelos serviços de reparos e grandes intervenções, está conduzindo a experiência com o material obtido pela reciclagem.

O engenheiro da MM, Maurício Izidoro, coordenador dos testes, desenvolve sua tese de mestrado no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) voltada ao uso do material reciclado proveniente de resíduos de construção civil. “Estou confiante no potencial do agregado de entulho para sub-base de pavimentação. A disseminação do uso no confinamento de tubulações, porém, depende de rigorosa segregação do entulho que chega às usinas de reciclagem, para se evitar a presença de gesso, argila, cerâmicas e lixo. Para isto é preciso controle nas demolições”, diz Izidoro.

Da Sabesp