Reunião de trabalho em SP debate a qualidade do ar em Santa Gertrudes

Relatório elaborado em parceria entre Aspacer e Unesp de Rio Claro é apresentado para representantes do Governo do Estado

ter, 19/11/2019 - 15h10 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) receberam, na última quinta-feira (14), um relatório sobre a qualidade do ar no município de Santa Gertrudes.

O documento foi elaborado pelo Instituto de Geociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro, a pedido da Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (Aspacer).

A iniciativa consiste em uma investigação científica das atividades do município de Santa Gertrudes e da dinâmica regional que impactam no meio ambiente, principalmente na qualidade do ar. O estudo da geóloga e professora do instituto da Unesp Cibele Montibeller começou há dois anos, após uma solicitação da Aspacer, que se empenha em reduzir os impactos da atividade ceramista na região.

Análise

Com o uso de filtros e sensores, a pesquisadora mapeou a concentração de elementos existentes na composição do ar da região. “Estamos preocupados como os moradores e a imagem do setor produtivo na região. Estamos todos com o mesmo propósito de minimizar o impacto ao meio ambiente”, explica o secretário-executivo da SIMA, Luiz Ricardo Santoro.

“Trabalhamos nacionalmente a questão da qualidade do ar. Temos interesses na parceria com as universidades. Buscamos medidas para exportar tecnologia para todo o País”, destaca o subsecretário de Meio Ambiente, Eduardo Trani.

“O objetivo da Cetesb é combater problemas, mas, sem a academia, a companhia não tem vida”, afirma o diretor da Cetesb Carlos Roberto dos Santos, que ressaltou a importância da parceria entre poder público, iniciativa privada e universidades, em busca de soluções.

“No passado, o empresariado não tinha o entendimento de tratar os problemas ambientais de forma sistêmica, como parte do processo de produção. O convênio com a Unesp partiu dessa necessidade”, revela Benjamin Ferreira Neto, conselheiro administrativo da entidade.

Impactos ambientais

Além da entrega do relatório da pesquisa ambiental, a diretoria da Aspacer protocolou um documento solicitando a apreciação da SIMA e da Cetesb de novas propostas para minimizar os impactos ambientais.

“A preocupação com a qualidade do ar incomoda todos e principalmente o setor. Queremos entender o processo e resolver os problemas. Temos consciência de que muitas das nossas ações ainda não estão tendo o impacto positivo. Também moramos lá e não somos acomodados”, enfatiza Almir Guilherme, diretor-executivo da Aspacer.

“Para a academia, trata-se de uma oportunidade muito rica de trabalho e diálogo”, conclui o professor José Alexandre Perinotto, também diretor do Instituto de Geociências da Unesp de Rio Claro.