Projeto Jovem Doutor ensina prevenção de doenças em comunidades carentes

Universitários da área da saúde também repassam noções de preservação ambiental e de reciclagem de lixo

sáb, 05/05/2007 - 15h10 | Do Portal do Governo

Promover a saúde numa comunidade por meio da educação não parece ser tarefa fácil. Mas o “Projeto Jovem Doutor”, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), está provando que a iniciativa não só é possível como barata. Utilizando-se de vários recursos tecnológicos, o projeto pretende capacitar e incentivar alunos do ensino superior e médio para que realizem trabalhos cooperados de promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida em comunidades necessitadas.

A ação inclui estudantes da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Será aplicada em território paulista e em breve no Estado do Amazonas. O projeto foi lançado em setembro de 2006 e, desde então, se desenvolveu o material necessário. Para isto, foram realizadas reuniões com prefeituras e secretarias de educação e saúde, além do recrutamento de jovens voluntários, entre outras atividades. “Após sua expansão para outras regiões do Brasil, a intenção é abranger dois milhões de alunos”, espera Chao Lung Wen, idealizador do trabalho e chefe da disciplina de Telemedicina da FM.

Ecossistemas – Participam do “Jovem Doutor” universitários de diversas profissões ligadas à área da saúde. Há perspectivas de incluir mais 14 estudantes das áreas de engenharia, jornalismo, arquitetura e administração e do ensino médio de escolas da rede pública. Além da inclusão digital, o objetivo é esclarecer a comunidade acerca de saúde e prevenção de doenças e sobre preservação de ecossistemas, mananciais e reciclagem do lixo.

O “Jovem Doutor” utiliza recursos da “Telemedicina”, “Educação a Distância” e do “Homem Virtual”, outro projeto da Faculdade de Medicina que desenvolve CDs de animação com fins educacionais. Dessa forma, são utilizados microcomputadores conectados à Internet, DVDs e vídeos e CDs de animação educativos, videoconferências, entre outros recursos.Atividades temáticas – A sistemática do projeto é baseada no envolvimento de professores e alunos do ensino médio indicados pelas respectivas escolas. Todos são responsáveis por ministrar palestras e elaborar tarefas, nas escolas e na sua comunidade, sobre temas previamente escolhidos – num primeiro momento sobre saúde (bucal, da pele, sexualidade, dependência do álcool, entre outros assuntos). Depois, sobre consciência ambiental. Para isso, recebem materiais educacionais audiovisuais e treinamentos completos.

Como jovens doutores, são selecionados estudantes do ensino superior para serem os responsáveis (tutores) pela interação e acompanhamento das atividades dos grupos de estudantes do ensino médio. Por meio da “Teleducação Interativa”, os jovens doutores elaboram atividades educacionais, complementam os conhecimentos dos estudantes do ensino médio, esclarecem as suas dúvidas e avaliam suas performances.

Da Agência USP de Notícias

(R.A.)