“Projeto Formiguinha” atende cerca de 70 crianças no CDP de Jundiaí

Idealizada em parceria com pastoral carcerária, iniciativa tem apoio de universitários, responsáveis pelas brincadeiras

qua, 28/02/2018 - 18h36 | Do Portal do Governo

O Centro de Detenção Provisória (CDP) de Jundiaí, administrado pela Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, iniciou mais um projeto com vistas à ressocialização das pessoas privadas de liberdade. Desta vez, as beneficiadas são as crianças que visitam os familiares no estabelecimento prisional.

Intitulada “Formiguinha”, a iniciativa foi idealizada em parceria com a pastoral carcerária, com o apoio de estudantes do curso de Pedagogia e mestrandos de Psicopedagogia, responsáveis pelas brincadeiras, pinturas e por contar histórias para os pequenos.

O diretor da unidade, Alexandre Apolinário de Oliveira, avaliou como satisfatório desenvolver um projeto dessa dimensão no local, em razão da alegria das crianças. “É com grande satisfação que trabalhamos para o desenvolvimento da autoestima, um elemento de progresso e conquista que poderá ser de grande valor para formar verdadeiros cidadãos no futuro”, avalia.

Vínculos

As atividades ocorrem do lado de fora da portaria do CDP, antes de as crianças fazerem os procedimentos de revista para a visitação. Segundo o supervisor Marcos Rogério Sartori, o espaço precisava desenvolver atividades voltadas às crianças, que, durante os fins de semana, visitam os familiares. “Em razão da presença constante de crianças no CDP, a unidade percebeu a necessidade de se criar um projeto educacional que as incentivasse na leitura e fortalecesse o vínculo familiar”, diz o supervisor.

Cerca de 70 crianças são atendidas em cada fim de semana. Ainda de acordo com Marcos Rogério Sartori, o objetivo principal é promover a inclusão social de crianças, por meio da amizade, cooperação, união e autoestima.

Para um dos responsáveis pela pastoral carcerária, o padre Clovis Fontenla, buscar apoio ao desenvolvimento das ações foi imprescindível. “Empenhei-me em firmar parcerias com entidades religiosas, universidades e ONGs, de modo a beneficiar as crianças que frequentam o local”, destaca o padre.

Para a mãe do pequeno P.H.V, de oito anos, o projeto foi uma ideia excelente e auxilia as crianças que visitarão os familiares na prisão. Ela afirma que o comportamento do filho mudou após a participação nas atividades. “Observei que, em outras ocasiões, meu filho demonstrava muita ansiedade e inquietude. Hoje, quando chegamos aqui, ele corre rapidamente em direção às monitoras, se unidos às outras crianças. O projeto o deixou mais alegre e é uma satisfação para mim, como mãe, perceber que meu filho não fica mais triste ao vir aqui. Parabéns ao CDP pela iniciativa”, finalizou V.P.L.