Na noite desta segunda-feira, dia 19, foi dado o primeiro passo para a implantação do Trem Expresso Bandeirante que fará a ligação rápida entre Campinas e São Paulo com possibilidade de atender o Aeroporto Internacional de Viracopos.
O projeto foi apresentado a empresários de Campinas pelo secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes em evento organizado pela Associação dos Executivos da Região de Campinas (ACRE) em parceria com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).
O projeto propõe a implantação de uma ligação ferroviária de cerca de 93 km entre Campinas e São Paulo, passando por Jundiaí e chegando até a estação Barra Funda, na capital paulista.
O tempo de viagem é de 50 minutos, com velocidade máxima do trem de 160 km/hora. A tarifa deve ser de cerca de R$ 14,00. Na fase inicial, o intervalo médio entre trens está estimado em 10 minutos, podendo cair para 7 minutos.
O custo previsto para implantação do projeto é de R$ 2,7 bilhões, dos quais R$ 2 bilhões são referentes às obras de infra-estrutura (incluindo desapropriações, construção de vias, viadutos, pontes, passagens, túneis, entre outros) e R$ 700 milhões para compra de trens.
O estudo mostra também os benefícios sociais do projeto. O Expresso Bandeirante proporcionará a diminuição de veículos em circulação e os congestionamentos, tanto nas rodovias quanto nas marginais de entrada das duas metrópoles, as mais importantes do estado de São Paulo.
Será possível fazer uma economia de cerca de R$ 14,6 bilhões ao longo de 30 anos, devido à redução do tempo gasto pelos usuários, da emissão de poluentes na atmosfera, do número acidentes e do custo operacional da rede de transporte.
Parceria Público Privada
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) já estão em entendimentos com o comitê gestor das parcerias público privadas (PPPs) do Governo do Estado para incluir o projeto, ainda este ano, no programa
Um sonho de 30 anos
Há mais de 30 anos pensa-se numa ligação ferroviária moderna entre Campinas e São Paulo. Um dos fatores que impediu a implantação do projeto foi o alto custo das tecnologias ferroviárias sugeridas. Com nacionalidades diferentes (japonesa, francesa e alemã), as três propostas existentes indicavam trens de alta ou extra-alta velocidade (cerca de 300 km/hora), que exigiam investimento de US$ 2,5 bilhões.
Os estudos de viabilidade do Trem Expresso Bandeirante demonstram que é possível implantar um projeto adaptado à nossa realidade, com um investimento de cerca de R$ 2,7 bilhões (US$ 1,2 bilhão) menos da metade do custo previsto nas propostas anteriores.
Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos
