Projeto ‘Cartas para o Mundo’ amplia horizontes de alunos da rede estadual

Disciplina eletiva conduzida por uma escola de Assis promove o intercâmbio de conhecimento com jovens estrangeiros

qui, 07/06/2018 - 16h13 | Do Portal do Governo

Em clima de campeonato mundial de futebol, estudantes da rede pública de ensino paulista aproveitam o momento para ampliar os conhecimentos sobre Geografia e Idiomas. Ministrado na Escola Estadual José Augusto Ribeiro, em Assis, no interior de São Paulo, o projeto “Cartas para o Mundo” está no segundo ano da disciplina eletiva.

No começo das atividades, os professores Gerson Daré e Adriana Palmieri de Souza pediram às embaixadas materiais para serem usados durante as aulas. Mais de 30 representações diplomáticas enviaram mapas, bandeiras e outros emblemas para a unidade, como as da Suíça, Jamaica, Irã e Chile.

Intercâmbio

Após seis meses de projeto, a docente Adriana Palmieri de Souza teve a ideia de entrar em contato também com escolas dessas nações. “Encontrei uma escola do Zimbábue e enviei informações sobre o trabalho que estávamos fazendo. Recebemos diversas cartas dos alunos com desenhos, pulseirinhas e receitas de comidas típicas. Foi a partir desse momento que iniciamos um ‘intercâmbio’”, enfatiza a educadora.

“Foi muito legal conhecer uma pessoa da mesma idade que a minha, mas que vive em um lugar tão longe e tem uma vida tão diferente”, revela a adolescente Maria Vitória de Oliveira Vieira, de 13 anos.

Os resultados positivos já podem ser observados pela equipe da escola e pelos próprios jovens. “Percebi que estou melhorando a forma como escrevo e falo em inglês, até por contar sobre coisas do meu dia a dia, família e cidade. É como se fosse uma conversa”, relata Gabriel Ribeiro de Carvalho, de 14 anos, aluno do 9º ano do Ensino Fundamental.

Além do trabalho com habilidades específicas, a docente ressalta o desenvolvimento da autoestima e noção de pertencimento dos estudantes em relação à própria história e comunidade. “Os alunos têm orgulho de contar histórias e do lugar onde vivem para outras pessoas”, acrescenta Adriana Palmieri de Souza.