Projeto Adoniran recebe cantora Evinha no Memorial

Depois de 30 anos, cantora que vive na França reencontra o público paulistano, dia 16, às 18h30

sex, 04/05/2007 - 21h19 | Do Portal do Governo

A programação do Projeto Adoniran segue com show da cantora Evinha, no dia 16 de maio, quarta-feira, no Auditório Simon Bolívar do Memorial da América Latina, às seis e meia da tarde. Acompanhado pelos músicos Beto Filho (violão e contrabaixo) e Kikinho (percussão), a cantora se reencontra com a platéia paulistana, depois de 30 anos sem se apresentar em São Paulo.

O repertório selecionado para esta apresentação faz um passeio pela história musical de Evinha e relembra sucessos inesquecíveis das décadas 60 e 70, gravados por ela. Entre as canções, destaque para “Teletema” (A. Adolfo e T. Gaspar), “Filme Triste” (John D. Loudermilk), “Casaco Marrom” (R. Correa, Guarabyra e D. Caymi), “Festa do Bolinha” (R. Carlos e E. Carlos), “Passo do Elefantinho” (Henry Mancini), “Marido Ideal”  (R. Correa e Guto G. Mello), “Que Bandeira” (M. Valle e P. Sergio Valle), “Sonho Lindo” (C. Cola e M. Duboc), “Cantiga por Luciana” (E. Souto e P. Tapajós) e “Ária” (J-S Bach), ente outras.

A realização do Projeto Adoniran é uma iniciativa da Diretoria Artística do Memorial da América Latina, com o objetivo de revitalizar o já conhecido Projeto Adoniran Barbosa (1990-2000). A estrutura segue os mesmos moldes das edições anteriores, ou seja, apresentações de música popular brasileira por seus compositores e/ou intérpretes em um espaço com condições físicas e técnicas para tornar público o trabalho dos artistas convidados. A estréia desta nova edição do projeto aconteceu em 14 de março com show de Toquinho, seguindo-se apresentações com Chico César e Fátima Guedes.

O espaço para a realização dos espetáculos é Auditório Simon Bolívar, do Memorial, que recebe, durante o ano de 2007, um total de 15 apresentações, sempre às quartas-feiras, como nas edições anteriores. Os ingressos são vendidos a R$ 10,00 (com 50% de desconto para idosos, aposentados, estudantes) e estão disponíveis na bilheteria do Auditório, dois dias antes de cada show. A organização estima que o projeto, em sua totalidade, irá atrair um público aproximado de 15 mil pessoas, durante o ano. Projeto Adoniran/Seis e Meia

Dia 16 de maio – quarta-feira – às 18h30 – Evinha

Músicos: Evinha (voz), Beto Filho (baixo e violão) e Kikinho (bateria).

Memorial da América Latina – Auditório Simon Bolívar

Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda/SP Tel: (11) 3823-4600

Ingressos: R$ 10,00 (meia-entrada: R$ 5,0) – Capacidade: 800 lugares

Duração: 1h10 – Censura: Livre – Bilheteria: a partir das 14h do dia do show.

Evinha

Pode-se dizer que Evinha nasceu cantando. Aos 8 anos, começou a carreira com seus irmãos Mário e Regina, formando o Trio Esperança, que emplacou muitos sucessos (“Festa do Bolinha”, “Filme Triste”, “Passo do Elefantinho” e outros). Em 1969, a cantora gravou seu primeiro sucesso solo, “Casaco Marrom”, e seguiram outros como “Teletema”, “Como Vai você” e “Cantiga por Luciana” com a qual venceu o IV Festival Internacional da Canção Popular.

Em 1978, casou-se com o pianista francês Gérard Gambus e, há mais de 25 anos, reside na França. Durante os últimos 10 anos, percorreu várias partes do mundo fazendo turnês com suas irmãs Regina e Mariza, uma nova fórmula do Trio Esperança. Em 1999, no lançamento do seu disco Reencontro (Universal), apresentou-se pela primeira vez no Teatro Rival, no Rio de Janeiro, depois de 20 anos de ausência dos palcos brasileiros. Em maio de 2006, voltou no mesmo teatro e foi novamente um grande sucesso. A saudade dos brasileiros faz com que cada ano Evinha percorra o Brasil. Em maio de 2007, com a apresentação no Memorial da América Latina, ela marca seu “Reencontro” com o público Paulista.

Adoniran Barbosa x Projeto Adoniran

Nenhum outro artista representa tão bem a música popular paulistana como Adoniran Barbosa. Nos quase 50 anos em que militou no meio artístico do rádio, da televisão, da produção fonográfica e nas rodas de samba dos bairros boêmios de São Paulo, Adoniran sempre se destacou pela capacidade de transformar em versos bem humorados o dia a dia das personagens que fizeram a história da capital paulista na segunda metade do século XX. Não há no Brasil quem nunca tenha cantarolado pelo menos alguns versos de “Trem das Onze”, “Saudosa Maloca”, “O Samba do Arnesto”, “Iracema”, “As Mariposa” e tantas outras. Em todas elas Adoniran pintou um pouco do retrato que conhecemos da São Paulo, atacada pelo progresso do pós-guerra. Impossível fazer justiça ao talento e à valiosa contribuição de Adoniran Barbosa para a música popular brasileira em poucas palavras. O melhor modo para que o Brasil se lembre sempre da importância do seu nome e ajude a perpetuar a sua memória foi encontrado pelo Governo do Estado de São Paulo ao criar e manter funcionando, durante quase dez anos, entre 1990 e 2000, o Projeto Adoniran Barbosa.  O trabalho de centenas de artistas brasileiros – que certamente não teriam tido melhor oportunidade não fosse a infra-estrutura técnica, artística e financeira oferecida pelo projeto – foi apresentado para o grande público. Infelizmente, para tristeza dos artistas e do público, as apresentações foram suspensas, mantendo-se a interrupção até agora. No entanto, a partir do março de 2007, por iniciativa da Fundação Memorial da América Latina, o Projeto Adoniran volta à cena, no seu grande auditório, para divulgar a boa música popular brasileira para um público que merece conhecê-la melhor.

Do Departamento de Comunicação Social do Memorial

(R.A.)