Programa da Secretaria da Saúde ajuda a diminuir gravidez na adolescência

Número de jovens grávidas no Estado de São paulo caiu 36% em dez anos

ter, 12/01/2010 - 13h00 | Do Portal do Governo

(Atualizado em 14 de janeiro, às 13h40)

Desde 1986, a Secretaria da Saúde oferece programas voltados à saúde juventude. Por meio do Programa de Saúde do Adolescente, a pasta capacitou cerca de 3 mil profissionais de municípios de todo o Estado em 2009. O objetivo do programa é sensibilizar e criar uma cultura de discussão dos problemas relacionados aos adolescentes e estimular o atendimento.

Os resultados dos esforços em prol da saúde do adolescente já podem ser sentidos. Em dez anos, o Estado de São Paulo registrou queda de 36,2% no número de adolescentes grávidas. Foram 94.461 jovens com idades até 19 anos grávidas em 2008, contra 148.018 casos em 1998. Os dados fazem parte de levantamento da Secretaria da Saúde em parceria com a Fundação Seade.

“A ocorrência de gravidez está em declínio no Estado de São Paulo. Ano a ano, essa tendência de queda vem se mantendo. Isso é resultado de um conjunto de ações, que inclui a disseminação da informação sobre a importância do sexo seguro, além do trabalho em relação ao comportamento juvenil, lidando com os medos e inseguranças dos adolescentes que podem levá-los a um comportamento de risco”, afirma o secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

A queda no número de casos de gravidez na adolescência se tornou uma constante. Em 1999 foram registradas 144.362 ocorrências no Estado. Em 2000 foram 136.042. Já em 2001, houve 123.714; em 2002, 116.368; em 2003, foram 109.082; em 2004, foram 106.737; em 2005, 104.984; em 2006, foram 100.632; e, em 2007, 96.554 casos.

As adolescentes grávidas, em 2008, representaram 15,7% do total de partos. Esse índice foi de 16,25% no ano anterior, 16,6% em 2006, 16,9% em 2005, 17,0% em 2004, 17,5% em 2003 e 18,4% em 2002.

Atualmente o Estado conta com 24 Casas do Adolescente que oferecem atendimento integral e multidisciplinar. Seguem como modelo a Casa do Adolescente de Pinheiros, na capital, que foi a primeira a ser implantada e oferece desde 1993 atendimento com profissionais de áreas diversas, entre médicos, dentistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e professores, todos especializados em orientação sexual a jovens. Também há cursos, aulas de dança, cursos de culinária, de artesanato e terapias em grupo. Os projetos são colocados em prática de acordo com a demanda.

Da Secretaria da Saúde