Programa Bicho Legal dá orientação ambiental para as crianças

Programa foi lançado em março e faz parte do Criança Ecológica

qua, 01/07/2009 - 12h00 | Do Portal do Governo

Desde março, 643 estudantes de 15 estabelecimentos do ensino já participaram do Bicho Legal, programa de educação ambiental da Secretaria do Meio Ambiente que promove uma série de atividades nos parques do Estado.

O Parque Ecológico da capital paulista, por exemplo, oferece passeio gratuito a grupos de 40 integrantes por período (manhã e tarde). O programa funciona de terça a sexta-feira, das 9 às 12 horas e das 13h30 às 16h30.

Olhos atentos

Com olhos atentos e percepção aguçada, crianças visitam o Parque Zoológico de São Paulo e se encantam com os cheiros, cores e sensações da fauna e flora brasileiras. Uma oportunidade também para refletir sobre a importância do comportamento de cada um para a preservação ambiental.

As atividades começam no estande do Bicho Legal. Lá, os alunos são recepcionados pelos defensores da natureza, ilustrados num cartaz: Frida Flor, Fred Fauno e sua cachorrinha Mel Mocinha, Max Limpo, Nika Valente e Bob Água, que lutam contra os vilões Dick Poluição e Polly Vigarista. Os personagens são os mascotes da campanha que aborda a questão da água, fauna e flora, poluição, aquecimento global e educação para a vida.

Parece real 

O roteiro do Bicho Legal começa com uma visita ao espaço “Biomas do Brasil” do Zoo Safári. “Vocês sabem o que é bioma?”, pergunta o estagiário Heitor Miranda Paes. Em seguida, ele explica: bioma é o conjunto da vida animal e vegetal, incluindo os micro-organismos, que forma as florestas. Depois, cada estudante ganha uma lupa e é convidado a descobrir os mistérios da natureza a partir da visita a quatro dos biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.

Os biomas são artificiais, mas imitam a natureza com precisão. Por alguns instantes a criançada acredita que árvores, bichos, cheiro de mato e temperatura são de verdade. Em cada ambiente, uma parada para as explicações dos monitores sobre as características do hábitat e dos animais que vivem ali.

Na Mata Atlântica, por exemplo, Heitor observa que predominam árvores de tamanho e espessura variados e representantes da fauna, como capivara e anta. Já no cerrado, alguns animais – entre eles o tamanduá-bandeira – se “camuflam” na vegetação rasteira. Quando a criançada entra no Pantanal vê animais de argila que imitam ararinha-azul (ameaçada de extinção), tuiuiú (maior cegonha do mundo) e outros. Uma das imagens que chamam a atenção no cenário da Amazônia é a numerosa quantidade e variedade de bichos. O estagiário diz que os pesquisadores desconhecem algumas espécies, por isso nem todas são catalogadas. Na Amazônia vivem, por exemplo, a harpia (ave de rapina de caça) e diversos tipos de macaco.

O que está errado na casa dos humanos?

Depois de conhecer o hábitat dos animais e vegetais, é hora de refletir sobre a casa dos humanos. Os monitores levam os grupos a um quarto e perguntam o que está errado ali. Todos participam e respondem: papagaio vive na gaiola pequena, sem autorização do Ibama, torneira aberta, lixo no chão, cachorro preso sem comida, tapete de pele de onça, falta de cuidado com livros e roupa espalhada.

Heitor explica que o lixo deveria ser separado para reciclar e indaga: “Vocês sabem quantas onças são mortas para produzir um casaco? 20 a 25 animais”. E recomenda que é importante cuidar dos livros e móveis pois vieram da natureza.

“Já tinha ouvido falar de bioma na escola, mas hoje vi tudo aqui, além de muitos prédios. Na minha cidade só tem três pequenos”, comenta Lorrayne da Silva Policarpo, 9 anos. Já Mayara Agnes de Carvalho, da mesma idade, conheceu o Metrô e o tigre, que só tinha visto pela tevê: “Gostei da Amazônia porque é silenciosa, tem muitos bichos e não é tão poluída como aqui fora”.

O roteiro inclui também a visita a parte do Zoo Safári e do Zoológico e dura três horas. No tour pelo Safári, os monitores reforçam as explicações anteriores sobre os animais e seus ambientes naturais.

Serviço

Agendamento pode ser feito pelo site www.criancaecologica.sp.gov.br, link cadastramento ou pelo telefone (11) 5073-0811 ramais 2119, 2049 e 2141.

Da Agência Imprensa Oficial