A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP) promoveu, nesta quinta-feira (26), uma homenagem para celebrar os 100 anos do professor aposentado Sylvio de Vergueiro Forjaz. O médico é pioneiro na área de Neurocirurgia no interior do Estado de São Paulo.
O docente se formou pela USP em 1943, sendo um dos primeiros residentes do Brasil. Além disso, participou de estágios internacionais em Paris, Edimburgo e Estocolmo. No estágio em Paris, em 1945 e 1946, conheceu a esposa, com quem teve quatro filhos. A família chegou a Ribeirão Preto, no interior paulista, em 1955. Na cidade, Sylvio de Vergueiro Forjaz se tornou professor da FMRP, onde foi coordenador do campus e diretor da unidade, permanecendo até junho de 1988.
Vale destacar que a solenidade organizada pela Congregação da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto reuniu, além do homenageado, os filhos e colegas. A diretora da FMRP, Margaret de Castro, destacou a história de vida do professor Forjaz. “Tenha certeza de que esta congregação se alegra muito em ter convivido com o senhor. É muita alegria poder comemorar o centenário ao seu lado”, ressaltou.
Dedicação
O professor Benedicto Oscar Colli, chefe da Divisão de Neurocirurgia da FMRP, agradeceu a Sylvio de Vergueiro Forjaz em nome da disciplina e relatou que a Neurociência da USP só é possível graças à dedicação dele. “Em 1956, ele ministrou o primeiro curso de Neurocirurgia nesta faculdade. Em 1959, implantou a residência médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Desde então, formamos mais de 100 residentes”, revelou.
“Estamos muito felizes com a pequena homenagem e com esse reconhecimento”, afirmou o filho do professor, Horácio Aragonés Forjaz, que falou em nome da família e enfatizou a importância das homenagens. Ele lembrou que o pai fez parte de um grupo de jovens idealistas que se dedicaram à FMRP.
Já o professor José Sebastião dos Santos, do Departamento de Cirurgia e Anatomia, relatou a gratidão do setor ao profissional. “Estou certo de que o senhor pode dormir tranquilamente, pois o legado que deixou para a escola foi e ainda é muito importante”, disse.
De acordo com José Eduardo Dutra de Oliveira, nutrólogo do departamento de Clínica Médica, ele e Forjaz estiveram juntos em diversos trabalhos no início da FMRP, principalmente quando trouxeram médicos de outros países para a criação da unidade. “Essa característica de trazer pessoas de lugares diferentes e começar o curso de Medicina foi muito importante. Nossa escola deve ser internacional, não ser somente uma faculdade do Estado de São Paulo”, avaliou.