Mais de 100 produtores do município de Arealva, na região de Bauru, participaram de uma coleta itinerante no mês de setembro. A ação foi realizada por meio de ação conjunta entre a Casa da Agricultura local e o Sindicato Rural, em convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), por orientação técnica do Escritório de Defesa Agropecuária de Bauru (EDA)/Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, e parceria da Prefeitura Municipal.
A ação teve saldo positivo, traduzido na destinação final de 2.327 embalagens rígidas laváveis; 1.098 embalagens flexíveis não laváveis; e 164 embalagens secundárias. “A coleta ocorre todos os anos, desde 2016, com a participação da Associação dos Distribuidores de Insumos Agrícolas do Estado de São Paulo, órgão responsável pela destinação adequada junto ao Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias”, destaca Mirelle Trabuco, engenheira agrônoma da Casa da Agricultura.
Segundo a engenheira, em Arealva, iniciativa teve como estratégia aproveitar o deslocamento dos produtores até os escritórios de contabilidade para fazer declaração do Imposto Territorial Rural (ITR), facilitando o contato pessoal, reforçando o convite e contribuindo para o sucesso do trabalho de coleta e destinação correta das embalagens.
“A média anual de atendimento gira em torno de 90 produtores rurais e mais de uma tonelada de embalagens devolvidas. Por essa decisão, neste ano, conseguimos ampliar esses números, mantendo o foco do atendimento nos pequenos e médios produtores rurais, considerando que a coleta itinerante tem o limite de volume em cerca de 200 embalagens rígidas por produtor”, acrescenta.
Pesquisa
Além da coleta na data definida para o recolhimento das embalagens, os organizadores fazem pesquisa com os produtores sobre diversos temas, de modo a estruturar a elaboração dos planos de trabalho voltados ao desenvolvimento da agropecuária, que serão aplicados no município.
“Tendo por base esse planejamento, já realizamos capacitações em temas como adequação do local de armazenamento na propriedade rural, ergonomia para o uso correto de equipamento de proteção individual, Interpretação de rótulos, bulas e receituário agronômico e rastreabilidade para produtos vegetais frescos destinados ao consumo humano”, completa Mirelle Trabuco.
Segundo o diretor da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) Regional Bauru, Marco Aurélio Parolin Beraldo, a experiência de Arealva tem resultados positivos pela união de forças das instituições parceiras, em especial, a Casa da Agricultura e o Sindicato Rural, além das orientações técnicas fornecidas pelo EDA Bauru.
“Ações como essa trazem grandes benefícios aos produtores rurais, com a implementação das Boas Práticas Agrícolas, possibilitando adequação às normas vigentes e o uso racional de defensivos agrícolas, o que resulta em alimentos mais seguros e saudáveis. Por isso, estamos trabalhando para expandir experiências de sucesso como essa a outros municípios da área de atuação da regional”, enfatiza.
Fertilidade
A cidade de Arealva tem 896 unidades produtivas agropecuárias, grande parte formada por pequenos e médios produtores, com destaque para produção de olerícolas (produção em ambiente protegido, como pimentão, pepino e tomate, abobrinha e quiabo, entre outros) e de grãos como soja, milho e sorgo.
Localizado às margens do Rio Tietê, o município possui solos de boa fertilidade, favorecendo essas culturas. “É motivo de orgulho para todos os envolvidos, que atuam em prol do desenvolvimento sustentável, relatar que o trabalho foi reconhecido com uma menção honrosa no Simpósio de Extensão Rural, realizado pela Associação Paulista de Extensão Rural (Apaer), no ano passado”, finaliza a engenheira agrônoma Mirelle Trabuco.
