A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência começou, na última semana, as atividades deste ano do Curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras), nos módulos Básico e Intermediário. Cerca de 90 alunos, divididos em quatro turmas, participam das aulas.
Os conteúdos ministrados na sede da pasta, na capital, têm como objetivo ampliar a autonomia e a inclusão do público com deficiência, bem como possibilitar a comunicação e interação entre pessoas com e sem deficiência auditiva por meio da Libras.
Segundo dados do último Censo IBGE, são aproximadamente 9,3 milhões de pessoas com deficiência no Estado. Desses, 15% são pessoas com deficiência auditiva, somando mais de 1,8 milhão de cidadãos.
Aprendizado
De acordo com a aluna iniciante no curso de nível Básico, Ana Lucia Sauto Marinaro, de 59 anos, advogada aposentada, a importância da Libras foi reconhecida durante o dia a dia. “Resolvi fazer o curso porque já constatei a necessidade no jurídico e na área médica. Meu filho é médico e, em uma ocasião de emergência, atendeu uma paciente surda”, salienta.
Já o psicólogo Sandro Souza, de 47 anos, aluno do nível Intermediário, afirma que pratica o que aprendeu no curso com pessoas que se comunicam por meio da Libras em sua rotina. “É uma forma de termos inclusão e uma boa comunicação com essas pessoas. Quero ter outras oportunidades, inclusive de fazer o módulo Avançado. Até aqui, já aprendi bastante”, revela.
A Libras não é uma linguagem, mas sim uma língua completa, com estrutura gramatical própria – considerada língua oficial do Brasil desde 2002 e, de acordo com a lei que a oficializou, possui o mesmo status que o português.
